Publicitário entrega filho de Sergio Cabral

O publicitário Francisco de Assis Neto, que foi assessor de Sérgio Cabral, afirmou em depoimento à Polícia Federal que uma ex-funcionária teria recebido dinheiro em espécie para a campanha à Câmara do deputado federal Marco Antônio Cabral (PMDB-RJ), filho do ex-governador, em 2014; Kiko, como o publicitário é conhecido, informou que não sabe o valor total destinado; ele foi preso na sexta-feira, após voltar dos Estados Unidos; segundo ele, os valores eram disponibilizados por Carlos Miranda, apontado como operador de Cabral

Marco Antônio Cabral, deputado e filho de Sergio Cabral
Marco Antônio Cabral, deputado e filho de Sergio Cabral (Foto: Giuliana Miranda)


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Rio 247 - O publicitário Francisco de Assis Neto, que foi assessor de Sérgio Cabral, afirmou em depoimento à Polícia Federal que uma ex-funcionária teria recebido dinheiro em espécie para a campanha à Câmara do deputado federal Marco Antônio Cabral (PMDB-RJ), filho do ex-governador, em 2014. Kiko, como o publicitário é conhecido, informou que não sabe o valor total destinado. Ele foi preso na sexta-feira, após voltar dos Estados Unidos. Segundo ele, os valores eram disponibilizados por Carlos Miranda, apontado como operador de Cabral.

As informações são de reportagem de Marco Grillo em O Globo.

"Em delação premiada, os doleiros Marcelo e Renato Chebar informaram ao Ministério Público Federal (MPF) que repassaram R$ 7,7 milhões a uma pessoa identificada como “Dani”. O dinheiro era entregue em uma sala comercial que pertence à Corcovado Comunicação, empresa de Kiko. Segundo o publicitário, o apelido é de Danielle, que foi funcionária de sua empresa durante um ano, entre 2013 e 2014, e trabalhou na campanha de Marco Antônio Cabral. Kiko afirmou que não lembrava do sobrenome da ex-funcionária. Ele disse que cedeu gratuitamente a sala para a campanha do então candidato a deputado federal. Kiko foi subsecretário de Comunicação Social no governo Cabral entre 2007 e 2013.

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O publicitário informou ainda que “fazia os levantamentos de gastos para utilização na campanha e passava para o senhor Carlos Miranda conforme lhe foi orientado por Sergio Cabral, sendo que, após isso, Carlos Miranda providenciava a transmissão desses valores até Dani em espécie”. Ele disse que, apesar de também ter trabalhado na campanha de Marco Antônio Cabral, não cobrou pelo serviço.

Ainda no depoimento, Kiko afirmou ter recebido algo em torno de R$ 300 mil ou R$ 400 mil, em dinheiro vivo, de Luiz Carlos Bezerra, também apontado como operador de Cabral. O valor, segundo ele, foi pago em abril e maio de 2014, para viabilizar um galpão que seria usado durante a candidatura de Marco Antônio Cabral. O publicitário afirmou também que não sabia qual era a origem dos valores disponibilizados para a campanha.

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De acordo com os registros no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a campanha de Marco Antônio Cabral em 2014 arrecadou R$ 6.789.094,50 e gastou R$ 6.788.349,32. Não há registros de doação em espécie, e a Corcovado não aparece entre as fornecedoras na prestação de contas apresentada. A assessoria de Marco Antônio Cabral informou que ele não vai se posicionar sobre o assunto."

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