Restos mortais de João Goulart deixam São Borja

Em Brasília, os despojos do ex-presidente serão recebidos em uma cerimônia com honras de chefe de Estado, retornando ao Rio Grande do Sul em 6 de dezembro, quando a morte do político completa 37 anos; processo de exumação (foto) começou nesta quarta-feira e durou cerca de 19 horas

Por volta das 7h da manhã desta quarta-feira (13), a imprensa teve acesso ao jazigo antes dos peritos iniciarem o processo de exumação.
Por volta das 7h da manhã desta quarta-feira (13), a imprensa teve acesso ao jazigo antes dos peritos iniciarem o processo de exumação. (Foto: Gisele Federicce)


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Rádio Gaúcha - A urna com os restos mortais do ex-presidente João Goulart deixou São Borja às 7h41 desta quinta-feira (14) com destino a Brasília. Havia a expectativa de levar os despojos de Jango até Santa Maria, mas a ideia foi descartada durante a madrugada. Até a saída de São Borja, o corpo permaneceu no Quartel da Brigada Militar da cidade, escoltado pela Polícia Federal e pela própria BM.

Em Brasília, os restos mortais de João Goulart serão recebidos em uma cerimônia com honras de chefe de Estado, com a presença da presidente Dilma Rousseff e outras autoridades. A previsão é que de o corpo de Jango retorne ao Rio Grande do Sul em 6 de dezembro, quando a morte do político completa 37 anos.

O processo de exumação dos restos mortais do ex-presidente começou na manhã de quarta-feira e durou cerca de 19 horas. Os trabalhos foram encerrados às 2h24min, quando a urna com o caixão de Jango foi retirada do cemitério Jardim da Paz coberta pelas bandeiras do Brasil e de São Borja.

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Exumação

A exumação é parte do processo que busca esclarecer as suspeitas que rondam a morte do ex-presidente, que faleceu no exílio na Argentina há quase 37 anos, depois de ser deposto da presidência no golpe militar de 1964. A versão oficial dá conta de que ele sofreu um ataque cardíaco, mas a família suspeita que ele tenha sido envenenado por agentes da repressão organizados através da Operação Condor, que envolveu os governos militares de Brasil, Argentina e Uruguai nas décadas de 60 e 70.

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O Ministério Público Federal investiga o caso desde 2007. Com autorização da família, a Comissão Nacional da Verdade (CNV) decidiu fazer a exumação neste ano, na tentativa de acabar com o mistério.

O processo foi acompanhado por familiares de Goulart, além de representantes da CNV, Instituto de Criminalística e observadores internacionais. O governador do Estado, Tarso Genro, e os ministros Maria do Rosário e José Eduardo Cardozo também seguiram os trabalhos em São Borja.

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