RS: Tarso faz Bicicletarso para discutir mobilidade

De short, colete e capacete, governador Tarso Genro participou de movimento para discutir a mobilidade urbana e a questão da moradia no Estado; representante da Rede Pontos de Cultura Rio Grande do Sul, Leandro Anton pediu para que “os mais de 5 mil imóveis que o governo tem em inventário” sejam destinados para “esses atores sociais”, referindo-se aos moradores que lutam pela causa

13/09/2014 PORTO ALEGRE, RS, BRASIL: BicicleTarso              Foto: Caco Argemi/UPPRS
13/09/2014 PORTO ALEGRE, RS, BRASIL: BicicleTarso Foto: Caco Argemi/UPPRS (Foto: Roberta Namour)


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Jaqueline Silveira
Sul 21 - Candidato à reeleição pela coligação Unidade Popular pelo Rio Grand e, o governador Tarso Genro participou, na tarde deste sábado (13), de uma atividade diferente das tradicionais de campanha. De short, colete e capacete, o petista acompanhou dezenas de ciclistas no movimento chamado de Bicicletarso para discutir a mobilidade urbana. Por volta das 16h, o grupo partiu do Largo Zumbi dos Palmares, na Capital, carregando bandeiras dos partidos aliados, passou pela Usina do Gasômetro até a Praça da Alfândega, porto de chegada do Bicicletarso. Entre os participantes, estavam candidatos a deputados e militantes. Todo o trajeto foi feito ao som dos jingles de campanha de Tarso, da presidente Dilma Rousseff e do candidato ao Senado Olívio Dutra (PT).

Já na Praça ocorreu um breve debate sobre o tema proposto pelo Bicicletarso. Representante da Rede Pontos de Cultura Rio Grande do Sul, Leandro Anton lembrou de episódios ocorridos no final do governo Yeda Crusius (PSDB) referentes à luta pela moradia como, por exemplo, a venda de uma área da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase) no Morro Santa Tereza que, segundo ele, só não foi adiante pela pressão do movimento. Ele fez um pedido ao governador para que “os mais de 5 mil imóveis que o governo tem em inventário” destinar para “esses atores sociais”, referindo-se aos moradores que lutam pela causa.

Já o representante do Movimento Nacional pela Moradia Ezequiel Moraes destacou que a Ocupação Saraí “tem um pouco de uma simbologia” dessa luta e também de uma conquista. Em julho deste ano, o governo do Estado publicou no Diário Oficial o decreto de desapropriação do prédio, localizado no centro histórico de Porto Alegre, e de sua inclusão nas políticas de habitação social. “Foram 9 anos de luta e de processo”, ressaltou Moraes. Ele, no entanto afirmou que é “preciso avançar um pouco mais” na mobilidade e no desenvolvimento urbano.

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“Um processo que a gente quer é o marco regulatório da terra em Porto Alegre”, acrescentou o integrante do Movimento Nacional pela Moradia.

Depois de ouvir os representantes dos dois movimentos, o governador falou sobre as reivindicações. O candidato afirmou que “a cidade reflete no território a própria estrutura de classe da cidade”, ressaltando a importância da garantia do espaço público. “Cada espaço público conquistado é o recuo do processo de privatização”, frisou Tarso. O governo, conforme ele, está disposto “a servir de ponte” em prol da luta pela moradia. “Nossas visões são as mesmas, mas têm amarras institucionais. É uma luta que está dentro do contexto da revolução democrática”, avaliou Tarso, referindo-se à identidade de sua gestão com a causa e, ao mesmo tempo, ao fato de o Poder Judiciário determinar o despejo de ocupações, o que o Estado não pode interferir.

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Para finalizar, o governador disse que sua determinação “é dialogar até o fim” com os representantes da luta pela moradia. Também informou que o Estado está verificando a situação dos seus imóveis e os que os que servem serão “colocados à disposição” de projetos habitacionais populares, momento que foi aplaudido pelos participantes do debate.

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