RS lança plano de prevenção ao ebola

Apesar dos cerca de 9.200 casos registrados e de ter provocado até o momento mais de 4.500 mortes pelo mundo, sobretudo nos países africanos Serra Leoa, Libéria e Guiné, não há motivo para ter pânico em relação ao vírus ebola no Brasil, asseguram as autoridades; a Secretaria Estadual de Saúde (SES) divulgou seu plano de ação e enfrentamento à doença com o objetivo de instruir profissionais da saúde sobre o que deve ser feito diante de um caso suspeito, priorizando a detecção precoce, a proteção dos trabalhadores do setor e a contenção da transmissão

Apesar dos cerca de 9.200 casos registrados e de ter provocado até o momento mais de 4.500 mortes pelo mundo, sobretudo nos países africanos Serra Leoa, Libéria e Guiné, não há motivo para ter pânico em relação ao vírus ebola no Brasil, asseguram as autoridades; a Secretaria Estadual de Saúde (SES) divulgou seu plano de ação e enfrentamento à doença com o objetivo de instruir profissionais da saúde sobre o que deve ser feito diante de um caso suspeito, priorizando a detecção precoce, a proteção dos trabalhadores do setor e a contenção da transmissão
Apesar dos cerca de 9.200 casos registrados e de ter provocado até o momento mais de 4.500 mortes pelo mundo, sobretudo nos países africanos Serra Leoa, Libéria e Guiné, não há motivo para ter pânico em relação ao vírus ebola no Brasil, asseguram as autoridades; a Secretaria Estadual de Saúde (SES) divulgou seu plano de ação e enfrentamento à doença com o objetivo de instruir profissionais da saúde sobre o que deve ser feito diante de um caso suspeito, priorizando a detecção precoce, a proteção dos trabalhadores do setor e a contenção da transmissão (Foto: Leonardo Lucena)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Caio Venâncio, Sul 21 - Apesar dos cerca de 9.200 casos registrados e de ter provocado até o momento mais de 4.500 mortes pelo mundo, sobretudo nos países africanos Serra Leoa, Libéria e Guiné, não há motivo para ter pânico em relação ao vírus ebola no Brasil, asseguram as autoridades. Na manhã desta quinta-feira (23), no escritório do Ministério da Saúde em Porto Alegre, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) divulgou seu plano de ação e enfrentamento ao vírus às vigilâncias epidemiológicas, sanitárias ou assistência das 19 regionais da SES e 33 municípios, como cidades de fronteira internacional ou com mais de 100 mil habitantes. Diferentes grupos eram recebidos e orientados num salão com capacidade para cerca de cem pessoas.

O objetivo do plano, atualmente ativado em seu nível mais baixo, é instruir profissionais da saúde sobre o que deve ser feito diante de um caso suspeito, priorizando a detecção precoce, a proteção dos trabalhadores do setor e a contenção da transmissão. Os procedimentos se baseiam no Protocolo de Vigilância e Manejo de casos suspeitos, emitido pelo Ministério da Saúde, e seguem as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Conforme a médica sanitarista Marilina Bercini, responsável pelo planejamento da SES na área, o temor em relação ao ebola não se justifica porque, atualmente, a transmissão acelerada só acontece em alguns países da África Ocidental, mais especificamente Guiné, Libéria e Serra Leoa, que concentram mais de 99% dos casos e mortes contabilizados até agora. Nigéria e Senegal não estão livres do alastramento da doença, entretanto já possuem, se somados, 21 casos e oito óbitos. Fora da África, as ocorrências se restringem à Espanha e aos Estados Unidos, totalizando quatro registros do ebola e uma morte. “É importante desmistificar esta questão. Não é algo sequer da África toda, apenas de alguns países”, alertou a médica.

continua após o anúncio

A taxa de letalidade da doença do vírus ebola pode chegar a 90% e afeta seres humanos, macacos, gorilas e chimpanzés. Contudo, diferente de outros vírus, a transmissão não ocorre pelo ar, mas apenas através de contato direto com o sangue, fezes, urina, saliva e sêmen de pessoas infectadas. O contágio também pode acontecer se alguém saudável lidar com objetos contaminados com fluidos infecciosos, a exemplo de roupas sujas, roupas de cama, ou agulhas usadas. Assim, conforme Marilina, a média é de dois novos casos surgidos a partir de cada portador do vírus. “A maneira como a transmissão se dá explica o porquê do alastramento do vírus acontecer prioritariamente entre familiares de doentes, trabalhadores da saúde e missionários”, aponta a médica.

Os sintomas da doença são os seguintes:  febre de início súbito, podendo ser acompanhada de sinais de hemorragia, como: diarreia sanguinolenta, sangramento das gengivas, do intestino, hemorragias internas, sangue na urina e manchas vermelhas ou roxas na pele. O período de incubação da doença varia entre um e 21 dias e a transmissão só acontece por aqueles que já apresentam os sintomas. Caso algum suspeito procure atendimento, após a verificação da suspeita, o paciente deve ser isolado imediatamente e as vigilâncias de saúde do município e do estado devem notificar o Ministério da Saúde. Em seguida, sendo um caso de Porto Alegre, por exemplo, o Samu será acionado para levar o paciente até o aeroporto Salgado Filho, na Capital, para a transferência ao Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio de Janeiro. Caso a transferência não possa ocorrer de imediato em razão das condições de saúde do paciente, ele será encaminhado ao Hospital Conceição, na Zona Norte, onde já há um quarto isolado para esta eventualidade. Equipamentos de proteção para evitar o contato de funcionários já estariam sendo adquiridos caso a situação se agrave.

continua após o anúncio

Não existe tratamento específico para o ebola. Porém, alguns doentes podem se recuperar se receberem tratamento médico adequado. O ebola foi identificado pela primeira vez em 1976 em aldeias e áreas remotas da República Democrática do Congo e Sudão. Todavia, ainda que antiga, a doença nunca mereceu muita atenção da indústria farmacêutica. “Eles não se interessaram, pensam na demanda, no lucro, daí uma doença do interior da África não chama muita atenção”, argumenta Marilina Bercini.

continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247