PDT e PTB podem compor governo de Sartori
Esses dois partidos não integraram a coligação do governador eleito José Ivo Sartori (PMDB; pedetistas concorreram no primeiro turno com candidatura própria ao Piratini, representada pelo deputado federal Vieira da Cunha, e no segundo, o diretório optou pela neutralidade e muitos dos integrantes da sigla apoiaram Sartori; o PTB faz parte do governo Tarso Genro (PT) e o apoio na busca pela reeleição; "Todos aqueles (partidos da coligação) são importantes para a vida do governo, até aqueles (partidos) que não fizeram parte, a gente sabe que adversário não é inimigo", afirmou Sartori, em coletiva
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Jaqueline Silveira, Sul 21 - Dois partidos que não integraram a coligação do governador eleito José Ivo Sartori (PMDB) podem compor a futura administração a partir de janeiro de 2015: PDT e PDT. Os pedetistas concorreram no primeiro turno com candidatura própria ao Piratini, representada pelo deputado federal Vieira da Cunha, e no segundo, o diretório optou pela neutralidade e muitos dos integrantes da sigla apoiaram Sartori. Já o PTB faz parte do governo Tarso Genro (PT) e o apoio na busca pela reeleição.
Na sua primeira entrevista como governador eleito, na noite de domingo, o próprio peemedebista deu pistas que poderá convidar siglas que não fizeram parte de sua aliança em nenhum dos turnos. "Todos aqueles (partidos da coligação) são importantes para a vida do governo, até aqueles (partidos) que não fizeram parte, a gente sabe que adversário não é inimigo", afirmou Sartori, durante a coletiva. O PDT foi o principal aliado político do ex-prefeito de Caxias do Sul em seus dois mandatos à frente da cidade da Serra Gaúcha. Além disso, PDT e PMDB têm uma aliança sólida na prefeitura de Porto Alegre.
O PDT, além de eleger um senador, o jornalista Lasier Martins, aumentou de sete para oito representantes na Assembleia Legislativa, além de manter as três cadeiras na Câmara dos Deputados. Sobre compor o governo peemedebista, o presidente estadual da sigla, deputado federal eleito Pompeo de Mattos, disse que "essa questão tem de perguntar para o Sartori". Ele acrescentou que não falaria "em hipóteses", no entanto, admitiu que, se convidados irão avaliar a participação. "Se formos chamados, ao seu tempo, vamos avaliar, é uma questão de oportunidade e conveniência. Não estamos loucos para ir", destacou Pompeo, enfatizando que o PDT levará em conta para uma decisão a participação em áreas com a quais a sigla se identifica, como saúde e educação, bandeira histórica do trabalhismo. "Temos quadros valorosos, gente qualificada, mas não estamos preocupados. Estamos torcendo que Sartori faça um bom governo", argumentou o dirigente trabalhista. Pompeo comentou que qualquer decisão será tomada pelo diretório do PDT.
Já o presidente estadual do PTB, deputado federal reeleito Luiz Carlos Busato, disse que o partido "tem um compromisso de fidelidade" com o governo Tarso e que permanecerá na administração petista até 31 de dezembro. "Não é hora", disse o petebista, sobre as especulações de participação do governo Sartori. E prosseguiu: "O que tem de concreto do PTB é o apoio dos Moraes a Sartori desde o início, quando ele tinha menos de 10% (nas pesquisas)", esclareceu Busato, referindo à adesão do deputado federal Sérgio Moraes e de seu filho Marcelo Moraes, que é deputado estadual. O PTB terá cinco deputados estaduais na Assembleia e três representantes na Câmara. O presidente estadual informou que na próxima semana será feita uma reunião do partido para avaliar as eleições 2014. Além de Tarso, o PTB gaúcho apoiou a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), contrariando a posição nacional da sigla que aderiu à candidatura de Aécio Neves. Ele também deverá ter uma reunião na próxima semana com o governo federal.
Sobre a avaliação do partido no pleito, Busato destacou que o PTB "foi o grande diferencial" na campanha eleitoral na Região Metropolitana. "Botamos corpo na campanha", completou ele. Em relação ao apoio a Tarso, o dirigente afirmou (Tarso) porque nós acreditamos no projeto", emendou o deputado, acrescentando que perder faz parte da disputa eleitoral.
Sem definição
Os desafios que o governo eleito José Ivo Sartori terá pela frente na Assembleia Legislativa só devem ser tratados a partir do dia 4 de novembro, segundo o presidente do PMDB no Estado e deputado estadual reeleito, Edson Brum. "Ficamos de conversar depois do descanso dele (Sartori)", disse o dirigente.
Já sobre a possibilidade de o PMDB iniciar o governo com maioria na Assembleia, Brum afirmou que "tem tudo para acontecer". Embora Sartori evite falar em nomes para o secretariado e só anunciará a equipe depois do dia 15 de dezembro, cogita-se que algum deputado estadual possa ir para o Piratini e abrir vaga aos suplentes. O PMDB tem oito deputados na Assembleia e o primeiro suplente é Juvir Costella, seguido da futura primeira-dama, Maria Helena Sartori, e de Ibsen Pinheiro.
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