Estudantes defendem participação popular em Porto Alegre

Organizado por meio das redes sociais, o protesto foi motivado pela decisão da Câmara dos Deputados que derrubou, na noite da última terça-feira, o decreto da presidente Dilma Rousseff (PT) estabelecendo a política nacional; os manifestantes levaram cartazes com frases do tipo “Congresso Conservador é para filho de doutor”, “ao povo, o poder que é do povo”

Organizado por meio das redes sociais, o protesto foi motivado pela decisão da Câmara dos Deputados que derrubou, na noite da última terça-feira, o decreto da presidente Dilma Rousseff (PT) estabelecendo a política nacional; os manifestantes levaram cartazes com frases do tipo “Congresso Conservador é para filho de doutor”, “ao povo, o poder que é do povo”
Organizado por meio das redes sociais, o protesto foi motivado pela decisão da Câmara dos Deputados que derrubou, na noite da última terça-feira, o decreto da presidente Dilma Rousseff (PT) estabelecendo a política nacional; os manifestantes levaram cartazes com frases do tipo “Congresso Conservador é para filho de doutor”, “ao povo, o poder que é do povo” (Foto: Roberta Namour)


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Jaqueline Silveira
Sul 21 - Um grupo de estudantes e alguns integrantes de movimentos sociais fizeram um ato, no final da tarde desta quinta-feira (30), no Largo Glênio Peres, na Capital, em defesa da Política Nacional de Participação Social. Organizado por meio das redes sociais, o protesto foi motivado pela decisão da Câmara dos Deputados que derrubou, na noite da última terça-feira, o decreto da presidente Dilma Rousseff (PT) estabelecendo a política nacional. A matéria será, ainda, analisada pelo Senado.

Os manifestantes levaram cartazes com frases do tipo “Congresso Conservador é para filho de doutor”, “ao povo, o poder que é do povo”. O grupo também usou um megafone para chamar a atenção das pessoas que passavam pelo Largo. “Esse Congresso conservador não representa o povo trabalhador”, gritava o grupo. Algumas pessoas chegaram a parar para saber do que se tratava o ato, além de lerem os cartazes que os estudantes seguravam.

Um dos organizadores do ato, o estudante de Direito da PUC-RS e Ciências Sociais da UFRGS Ramiro Castro ressaltou que os protestos de junho de 2013 sinalizaram “um anseio da população brasileira em participar do processo político” e que é preciso avançar na democracia. “Nós queremos avançar no controle das políticas públicas. Todo o segmento beneficiado pela política pública deve ser consultado. É preciso ouvir suas demandas”, argumentou o estudante. Ele citou como um exemplo bem-sucedido de participação popular o Orçamento Participativo de Porto Alegre, implantado há 25 anos, e que não “tirou o poder de legislar da Câmara de Vereadores”. O estudante criticou, ainda, a postura do parlamento federal. “A Câmara deu um golpe na surdina”, afirmou Castro, acrescentando que novos atos serão organizados em defesa da Política Nacional de Participação Social.

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“Está mais do que na hora de termos uma democracia direta”, defendeu a aluna do curso de Geografia da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) Thainá Desiré. No mesmo contexto, o pós-graduando em História da Fapa Vicente Schneider acrescentou que é preciso “ouvir as entidades, os trabalhadores para elaborar as políticas públicas”. “Até porque o Congresso não representa o povo. Criar canais é importante para a criação de políticas públicas”, emendou o estudante, ressaltando, no entanto, que “ninguém quer restringir o Congresso”.

Vereadora de Porto Alegre, Jussara Cony (PCdoB) também se juntou aos manifestantes. “É isso exatamente que temos de fazer. Não só os estudantes, mas toda a sociedade. Nós temos de garantir a democracia”, pregou ela, sobre o propósito do ato. Jussara também fez duras críticas à posição da Câmara. “O Congresso, através dos mecanismos que tem, quer patrocinar o recesso”, afirmou a comunista, acrescentando que a decisão do parlamento é motivada pelo fato de não “se conformarem” com a reeleição da presidente Dilma. Militante do movimento contra a ditadura, a vereadora comentou que não quer “mais ver esse filme”, referindo-se “ao retrocesso” no Congresso Nacional que se desenha. Ela sugeriu mais manifestações de rua. “É nas ruas que nós vamos dar sustentação para o projeto avançar. E, é muito importante o papel da juventude, há uma onda de facismo”, avaliou ela, defendendo as reformas política e da mídia.

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O estudante Rafael Fernandes Dutra, 26 anos, estava passando pelo Largo Glênio Peres e parou para “escutar” o que os estudantes pregavam.

Nesta sexta-feira (31), será a vez de ele protestar, porém, contra a ameaça de fechamento da Escola Municipal de Ensino Fundamental Porto Alegre que atende jovens e adultos em situação de rua. Os alunos pretendem fazer uma manifestação em frente à prefeitura da Capital no começo da manha e da tarde desta sexta. “Não queremos estudar em escola de rico para passar preconceitos”, protestou o estudante da 7ª série.

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