Chinaglia: 'ou o Congresso faz a reforma política ou o poder Judiciário a fará'

Candidato à presidência da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) disse que, quando presidiu a Casa, colocou em votação uma proposta de reforma política; no entanto, após os dois pilares serem derrubados, achou melhor suspender a votação para "não criar um monstrinho" pior que o sistema atual; questionado sobre sua posição acerca de temas polêmicos como o da regulação da mídia, Chinaglia disse que não há temas proibidos para o Congresso, mas que não vai impor pauta alguma sem prévias negociações

Candidato à presidência da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) disse que, quando presidiu a Casa, colocou em votação uma proposta de reforma política; no entanto, após os dois pilares serem derrubados, achou melhor suspender a votação para "não criar um monstrinho" pior que o sistema atual; questionado sobre sua posição acerca de temas polêmicos como o da regulação da mídia, Chinaglia disse que não há temas proibidos para o Congresso, mas que não vai impor pauta alguma sem prévias negociações
Candidato à presidência da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) disse que, quando presidiu a Casa, colocou em votação uma proposta de reforma política; no entanto, após os dois pilares serem derrubados, achou melhor suspender a votação para "não criar um monstrinho" pior que o sistema atual; questionado sobre sua posição acerca de temas polêmicos como o da regulação da mídia, Chinaglia disse que não há temas proibidos para o Congresso, mas que não vai impor pauta alguma sem prévias negociações (Foto: Leonardo Lucena)


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Marco Weissheimer, Sul 21 - O deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP) disse nesta terça-feira (20), em Porto Alegre, que "ou o Parlamento brasileiro faz a Reforma Política ou o Judiciário a fará", como vem acontecendo com outros temas. Para ele, a Reforma Política é inevitável e ocorrerá seja pelo Parlamento, seja pela pressão das ruas ou pelas mãos do Judiciário. Chinaglia esteve em Porto Alegre para apresentar sua candidatura à presidência da Câmara dos Deputados e conversar com representantes de outros partidos.

Acompanhado pelo líder do governo na Câmara, deputado federal Henrique Fontana (PT-RS), e pela deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), Chinaglia concedeu entrevista coletiva à imprensa no Hotel Embaixador. Logo após participou de uma reunião com lideranças do PT, PCdoB, PDT, PTB, PP e PRB. A eleição para a presidência da Câmara será realizada no dia 1° de fevereiro, em Brasília.

Médico e deputado há 20 anos, Chinaglia já foi presidente da Câmara entre 2007 e 2009. Além disso, atuou como líder do governo na Casa e líder do PT. Questionado sobre as chances da Reforma Política avançar este ano no Congresso, Chinaglia respondeu: "Em tese, todas". O parlamentar lembrou que, quando foi presidente da Câmara, chegou a colocar em votação uma proposta de Reforma Política. No entanto, quando os dois pilares da proposta – votação pré-ordenada em listas e financiamento público de campanha – foram derrubados, achou melhor suspender a votação para "não criar um monstrinho" pior que o sistema atual.

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Na conversa com os jornalistas, Chinaglia disse que a disputa pela presidência da Câmara está em aberto e não há favoritos. "No quadro atual, quem faz contabilidade de votos está fazendo propaganda enganosa. Estamos trabalhando para ampliar os apoios à nossa candidatura. Provavelmente teremos adesões ao bloco que inicialmente fechou com a candidatura (PT, PCdoB e PROS). Estamos conversando com PDT, PSD, PRB, PR e outros partidos, mas estou evitando nominar os apoios à candidatura. Prefiro que eles próprios o façam", assinalou. Atual vice-presidente da Câmara, Chinaglia recusou a afirmação de que o deputado Eduardo

Cunha (PMDB-RJ) é seu principal adversário na disputa. "Esse é o famigerado senso comum. A disputa está em aberto e muita coisa pode acontecer", observou. O parlamentar lembrou que o PMDB tem a vice-presidência e seis ministérios no governo Dilma e que Eduardo Cunha acabou se tornando porta-voz do "Fora PT".

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Indagado sobre a possibilidade dessa disputa entre PT e PMDB pela presidência da Câmara prejudicar a governabilidade do governo, Chinaglia foi cauteloso: "A gente não sabe como as coisas vão andar, mas não creio que surjam grandes complicações para o governo em função dessa disputa. "Trata-se de uma disputa democrática que se encerra na votação. Cada bancada tem o direito de se posicionar como julgar mais adequado. Não coloco a disputa pela presidência da Câmara no centro do universo".

O parlamentar falou ainda sobre os conceitos que embasam a sua candidatura e defendeu a construção de uma pauta voltada para os interesses nacionais, respeitando a independência entre os poderes. Chinaglia acrescentou que, caso eleito, vai trabalhar para o fortalecimento do Legislativo. "Não é concebível numa democracia forte, um Parlamento fraco", assinalou.

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Questionado sobre sua posição, caso seja eleito presidente da Câmara, acerca de temas polêmicos como o da regulação da mídia, Chinaglia disse que não há temas proibidos para o Congresso, mas que não vai impor nenhuma pauta, sem conversar e negociar previamente com as diferentes bancadas.

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