Prefeito de Porto Alegre entrega placas da Ditadura

Mais uma marca da ditadura foi afixada em calçadas de Porto Alegre nesta quarta (1º); o Palácio da Polícia, onde presos políticos foram torturados durante o regime militar, recebeu uma placa sinalizando que ali, no segundo andar, houve tortura e homicídios nas salas onde funcionaram o Dops/RS; “As lembranças da ditadura atormentam a todos, e o esquecimento pode trazer o golpe de volta. Este ato é uma forma de sacramentar o desejo de democracia plena, de liberdade de expressão, informação e organização”, disse o prefeito José Fortunati; essa foi a terceira placa afixada na Capital; estão previstas outras 15 placas

Mais uma marca da ditadura foi afixada em calçadas de Porto Alegre nesta quarta (1º); o Palácio da Polícia, onde presos políticos foram torturados durante o regime militar, recebeu uma placa sinalizando que ali, no segundo andar, houve tortura e homicídios nas salas onde funcionaram o Dops/RS; “As lembranças da ditadura atormentam a todos, e o esquecimento pode trazer o golpe de volta. Este ato é uma forma de sacramentar o desejo de democracia plena, de liberdade de expressão, informação e organização”, disse o prefeito José Fortunati; essa foi a terceira placa afixada na Capital; estão previstas outras 15 placas
Mais uma marca da ditadura foi afixada em calçadas de Porto Alegre nesta quarta (1º); o Palácio da Polícia, onde presos políticos foram torturados durante o regime militar, recebeu uma placa sinalizando que ali, no segundo andar, houve tortura e homicídios nas salas onde funcionaram o Dops/RS; “As lembranças da ditadura atormentam a todos, e o esquecimento pode trazer o golpe de volta. Este ato é uma forma de sacramentar o desejo de democracia plena, de liberdade de expressão, informação e organização”, disse o prefeito José Fortunati; essa foi a terceira placa afixada na Capital; estão previstas outras 15 placas (Foto: Valter Lima)


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247 - Mais uma marca da ditadura foi afixada em calçadas de Porto Alegre nesta quarta-feira, 1º. O Palácio da Polícia, onde presos políticos foram torturados durante o regime militar, recebeu uma placa sinalizando que ali, no segundo andar, houve tortura e homicídios nas salas onde funcionaram o Departamento de Ordem Política e Social (Dops/RS). Intitulado Marcas da Memória, o projeto em parceria do Movimento de Justiça e Direitos Humanos (MJDH) com a Prefeitura de Porto Alegre tem o objetivo de tornar público os locais que foram centro de detenção.

A iniciativa visa não apenas apontar os locais, mas estimular a reflexão crítica e fazer com que aquele período não se apague. “Cerca de 70% da população brasileira nasceu após a ditadura. É fundamental que eles saibam a tragédia que foi e que seja uma oportunidade para aqueles poucos que defendem a volta da ditadura se questionarem. Para quê? Para uma outra tragédia?”, questionou o presidente do MJDH, Jair Krischke, ao destacar a data de hoje, 1º de abril, como o dia em que se completam 51 anos do golpe.

O prefeito José Fortunati, que descerrou a placa com Krischke e vários ex-presos políticos, lembrou que, se temos um Estado Democrático de Direito, ele existe graças aos que militaram no MJDH e outros movimentos similares, combatendo desde sempre a tortura que dizimou milhares de famílias. “As lembranças da ditadura atormentam a todos, e o esquecimento pode trazer o golpe de volta. Este ato é uma forma de sacramentar o desejo de democracia plena, de liberdade de expressão, informação e organização”, destacou. O prefeito também ressaltou a importância de reforçar as instituições no país. “Se hoje podemos combater a corrupção é porque nossas instituições são fortes.”

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Essa foi a terceira placa afixada na Capital. No ano passado, foram instaladas duas placas, a primeira no Dopinha, no bairro Bom Fim, e outra na calçada em frente ao Colégio Paulo Gama, no bairro Partenon. Estão previstas outras 15 placas.

Entre os presentes, o ex-preso político João Carlos Bona Garcia falou em nome dos que foram presos e torturados. Relatou as torturas pelas quais passou, desde queimaduras com cigarro, até pau-de-arara e choque elétrico em várias partes do corpo “Não tenho ódio nem mágoas, só um desejo: continuar respirando o ar da liberdade”, disse, emocionado, depois de visitar as celas onde esteve na década de 1970. Outra ex-presa no local, Nilce Cardoso, também relatou o sofrimento no local. “Mas que bom que meu corpo resistiu para contar essa história a quem acha que esse período deve voltar.”

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A colocação da placa foi acompanhada pelo secretário de Direitos Humanos, Luciano Marcantônio, pelo deputado Pedro Ruas e pelo neto do presidente João Goulart, Christopher Goulart, além de diversos ex-presos políticos. O evento foi concluído com um esquete da companhia teatral Oi Nóis Aqui Traveiz, que nominou dezenas de mortos e desaparecidos na ditadura.

Palácio da Polícia – A sede do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) em Porto Alegre funcionava no Palácio da Polícia. Há suspeitas de que, no edifício, tenha funcionado uma escola de tortura. Já o Colégio Paulo Gama foi requisitado à prefeitura pelo Comando do Exército para servir como Presídio Militar Especial. De abril a novembro de 1964, as salas serviram de celas para cerca de 80 brigadianos presos políticos. Já no casarão do Dopinha, os presos políticos eram torturados e mortos.

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Mais uma marca da ditadura foi afixada em calçadas de Porto Alegre nesta quarta-feira, 1º. O Palácio da Polícia, onde presos políticos foram torturados durante o regime militar, recebeu uma placa sinalizando que ali, no segundo andar, houve tortura e homicídios nas salas onde funcionaram o Departamento de Ordem Política e Social (Dops/RS). Intitulado Marcas da Memória, o projeto em parceria do Movimento de Justiça e Direitos Humanos (MJDH) com a Prefeitura de Porto Alegre tem o objetivo de tornar público os locais que foram centro de detenção.

A iniciativa visa não apenas apontar os locais, mas estimular a reflexão crítica e fazer com que aquele período não se apague. “Cerca de 70% da população brasileira nasceu após a ditadura. É fundamental que eles saibam a tragédia que foi e que seja uma oportunidade para aqueles poucos que defendem a volta da ditadura se questionarem. Para quê? Para uma outra tragédia?”, questionou o presidente do MJDH, Jair Krischke, ao destacar a data de hoje, 1º de abril, como o dia em que se completam 51 anos do golpe.

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O prefeito José Fortunati, que descerrou a placa com Krischke e vários ex-presos políticos, lembrou que, se temos um Estado Democrático de Direito, ele existe graças aos que militaram no MJDH e outros movimentos similares, combatendo desde sempre a tortura que dizimou milhares de famílias. “As lembranças da ditadura atormentam a todos, e o esquecimento pode trazer o golpe de volta. Este ato é uma forma de sacramentar o desejo de democracia plena, de liberdade de expressão, informação e organização”, destacou. O prefeito também ressaltou a importância de reforçar as instituições no país. “Se hoje podemos combater a corrupção é porque nossas instituições são fortes.”

Essa foi a terceira placa afixada na Capital. No ano passado, foram instaladas duas placas, a primeira no Dopinha, no bairro Bom Fim, e outra na calçada em frente ao Colégio Paulo Gama, no bairro Partenon. Estão previstas outras 15 placas. 

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Entre os presentes, o ex-preso político João Carlos Bona Garcia falou em nome dos que foram presos e torturados. Relatou as torturas pelas quais passou, desde queimaduras com cigarro, até pau-de-arara e choque elétrico em várias partes do corpo “Não tenho ódio nem mágoas, só um desejo: continuar respirando o ar da liberdade”, disse, emocionado, depois de visitar as celas onde esteve na década de 1970. Outra ex-presa no local, Nilce Cardoso, também relatou o sofrimento no local. “Mas que bom que meu corpo resistiu para contar essa história a quem acha que esse período deve voltar.” 

A colocação da placa foi acompanhada pelo secretário de Direitos Humanos, Luciano Marcantônio, pelo deputado Pedro Ruas e pelo neto do presidente João Goulart, Christopher Goulart, além de diversos ex-presos políticos. O evento foi concluído com um esquete da companhia teatral Oi Nóis Aqui Traveiz, que nominou dezenas de mortos e desaparecidos na ditadura. 

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Palácio da Polícia – A sede do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) em Porto Alegre funcionava no Palácio da Polícia. Há suspeitas de que, no edifício, tenha funcionado uma escola de tortura. Já o Colégio Paulo Gama foi requisitado à prefeitura pelo Comando do Exército para servir como Presídio Militar Especial. De abril a novembro de 1964, as salas serviram de celas para cerca de 80 brigadianos presos políticos. Já no casarão do Dopinha, os presos políticos eram torturados e mortos.

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