Porto Alegre tem protesto contra a Monsanto

Um pequeno grupo de manifestantes fez um protesto no Bairro Moinhos de Ventos com faixas como "Monsanto semeia morte", "Contra a epidemia de câncer" e "revolte-se, revide-se, reaja!"; a atividade foi organizada pelas redes sociais e integrou os atos mundiais da Semana contra a Monsanto, que vêm ocorrendo desde o último sábado 23 em diversos países; ativistas argumentam que pesquisas científicas apontam que produtos transgênicos e defensivos agrícolas seriam responsáveis por casos de câncer

Um pequeno grupo de manifestantes fez um protesto no Bairro Moinhos de Ventos com faixas como "Monsanto semeia morte", "Contra a epidemia de câncer" e "revolte-se, revide-se, reaja!"; a atividade foi organizada pelas redes sociais e integrou os atos mundiais da Semana contra a Monsanto, que vêm ocorrendo desde o último sábado 23 em diversos países; ativistas argumentam que pesquisas científicas apontam que produtos transgênicos e defensivos agrícolas seriam responsáveis por casos de câncer
Um pequeno grupo de manifestantes fez um protesto no Bairro Moinhos de Ventos com faixas como "Monsanto semeia morte", "Contra a epidemia de câncer" e "revolte-se, revide-se, reaja!"; a atividade foi organizada pelas redes sociais e integrou os atos mundiais da Semana contra a Monsanto, que vêm ocorrendo desde o último sábado 23 em diversos países; ativistas argumentam que pesquisas científicas apontam que produtos transgênicos e defensivos agrícolas seriam responsáveis por casos de câncer (Foto: Leonardo Lucena)


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Jaqueline Silveira, Sul 21 - Um pequeno grupo de manifestantes fez um protesto na noite de segunda-feira (25) no Bairro Moinhos de Ventos, na Capital, onde seria o escritório da Monsanto em Porto Alegre. Mas, segundo a administração do prédio, localizado na Rua Mostardeiro, há sete anos a empresa não teria mais escritório no local. Mesmo assim os ativistas permaneceram em frente ao edifício segurando faixas como "Monsanto semeia morte", "Contra a epidemia de câncer" e "revolte-se, revide-se, reaja!". Alguns também se "vestiram de morte" com panos para tapar a boca e o nariz, simbolizando uma máscara. Os manifestantes argumentaram que a informação dada pela administração de que a multinacional não funcionava mais no local seria "uma tentativa de iludir" para os ativistas saírem da frente, já que o endereço que consta na internet é o daquele edifício.

A atividade foi organizada pelas redes sociais integrou os atos mundiais da Semana contra a Monsanto que vêm ocorrendo desde o último sábado (23) em diversos países. Com sede nos Estados Unidos, a multinacional instalou sua primeira fábrica no Brasil em 1984 e atualmente produz no solo brasileiro sementes de milho, sorgo, soja, algodão e hortaliças, além de variedades de cana-de-açúcar e de herbicidas. A empresa é alvo de protestos, justamente, por produzir sementes transgênicas e agrotóxicos.

Ativistas argumentam que pesquisas científicas apontam que produtos transgênicos e defensivos agrícolas seriam responsáveis por casos de câncer. Um deles afirmou que o ato tinha como objetivo chamar atenção sobre os riscos à população de consumir transgênicos. “Serve para mostrar o acobertamento do genocídio lento pelo estado brasileiro”, afirmou um dos manifestantes vestido de morte que preferiu não se identificar. Ele ressaltou, ainda, que enquanto muitos países proibiram a comercialização de alguns tipos de agrotóxicos, o Brasil vai na contramão, permitindo a liberação. “O Brasil está na mão das corporações”, completou ele, referindo-se ao fato de a população ficar doente e comprar remédios de outra grande empresa, como a Bayer.

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Entidades ligadas ao meio ambiente também estiveram presentes, como a Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan). O presidente da Agapan, Alfredo Ferreira, disse que a Monsanto é a maior produtora de semente transgênica. “As plantas resultantes de sementes transgênicas estão mais suscetíveis às variedades de larvas de insetos do que as crioulas. Então tem de ser jogado veneno”, explicou ele, sobre sua preocupação. O ambientalista também criticou o fato de os defensivos agrícolas no Brasil não serem taxados ao contrário de outros países. “O mais grave no Brasil é que os agrotóxicos são livres de impostos, assim como as sementes transgênicas”, observou, enquanto segurava um banner com as frases “País desenvolvido é país sem transgênicos e sem veneno nos alimentos.”

Boa parte dos representantes de entidades ambientais deixou o protesto assim que um grupo de manifestantes resolveu interromper o trânsito, já que eram contrários a esse tipo de ação. Com uma grande faixa, alguns ativistas gritavam “fora, Monsanto” e alternavam a interrupção com a liberação dos carros na Mostardeiro. Em frente ao prédio, algumas pessoas que saíam do local e três seguranças do edifício observavam a movimentação. Como o trânsito começou a ficar engarrafado, motoristas não paravam de buzinar até que agentes da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) fecharam a rua e os carros foram desviados para outras vias.

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Ao perceber que os veículos não passariam mais pelo ato, os manifestantes desceram até a esquina entre a Mostardeiro e a Avenida Goethe, causando um grande engarrafamento, já que bloquearam as duas vias – só liberavam o trânsito só por alguns momentos. Enquanto mostravam as faixas, os ativistas cantavam “Monsanto, a tua semente faz a sociedade doente”. Um buzinaço tomou conta do local e alguns motoristas chegaram a discutir com manifestantes, pedindo respeito ao “direito de ir e vir”. A Brigada Militar reforçou o número de policiais em relação ao início do protesto, contudo observaram à distância, no Parcão.

Devido ao engarrafamento, a EPTC desviou o trânsito para outras vias, interrompendo a passagem de veículos pela Mostardeiro e Goethe. Então, os manifestantes se deslocaram para a Avenida Osvaldo Aranha, onde encerrou o protesto.

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