Brigada vai atuar contra violência no transporte

A Brigada Militar reuniu os comandantes de todas as unidades da capital, representantes das empresas de transporte coletivo e da categoria dos trabalhadores para uma reunião extraordinária, com o objetivo de discutir a violência nos ônibus; no relatório entregue pela Carris, por exemplo, estão registrados 43 assaltos nos últimos dois meses; na reunião, a BM anunciou como uma de suas ações imediatas a criação de uma patrulha especial para trabalhar apenas com ações no transporte coletivo

A Brigada Militar reuniu os comandantes de todas as unidades da capital, representantes das empresas de transporte coletivo e da categoria dos trabalhadores para uma reunião extraordinária, com o objetivo de discutir a violência nos ônibus; no relatório entregue pela Carris, por exemplo, estão registrados 43 assaltos nos últimos dois meses; na reunião, a BM anunciou como uma de suas ações imediatas a criação de uma patrulha especial para trabalhar apenas com ações no transporte coletivo
A Brigada Militar reuniu os comandantes de todas as unidades da capital, representantes das empresas de transporte coletivo e da categoria dos trabalhadores para uma reunião extraordinária, com o objetivo de discutir a violência nos ônibus; no relatório entregue pela Carris, por exemplo, estão registrados 43 assaltos nos últimos dois meses; na reunião, a BM anunciou como uma de suas ações imediatas a criação de uma patrulha especial para trabalhar apenas com ações no transporte coletivo (Foto: Leonardo Lucena)


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Fernanda Canofre, Sul 21 - A Brigada Militar reuniu os comandantes de todas as unidades da capital, representantes das empresas de transporte coletivo e da categoria dos trabalhadores para uma reunião extraordinária nesta terça-feira (28), para discutir a questão da violência nos ônibus. Apenas o representante da ATL, empresa responsável pelas lotações, não esteve presente.

Na reunião, a Brigada Militar anunciou como uma de suas ações imediatas a criação de uma patrulha especial para trabalhar apenas com ações no transporte coletivo. O grupo deve começar a trabalhar já nos próximos meses. E foi reiterada a ideia de desenvolver um trabalho em rede, onde consórcios e funcionários possam trocar informações e criar uma base que facilite o monitoramento de certas regiões.

Para a tenente-coronel Cristine Rasbold, responsável pelo Comando de Policiamento da Capital (CPC), o aumento nos índices de assalto nos últimos meses também é uma resposta às ações da polícia. "O crime migra. A gente atua de um lado, ele migra para outro, então é por isso que nós estamos tendo essa ideia de fazer essa força-tarefa, essa operação temática para que a gente possa identificar melhor onde está ocorrendo e porquê".

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Os comandantes de batalhões levantaram ainda questões sobre a forma como as empresas registram ocorrências. Eles cobraram que todas as empresas entreguem relatórios mensais de monitoramento nas delegacias. Os policiais apontaram a necessidade de uma adaptação das câmeras de segurança, que geralmente focam apenas a entrada do ônibus, para que tenham ângulos ampliados e possam monitorar todo o veículo. Segundo representante da Carris, quatro indivíduos foram identificados nos últimos meses graças as imagens das câmeras.

No relatório entregue pela Carris estão registrados 43 assaltos nos últimos dois meses. Seis deles foram casos isolados, em linhas onde não ocorre com frequência. Todos os outros aconteceram no mesmo eixo da linha T4, na região da Rua Antônio de Carvalho e Avenida Protásio Alves. Segundo a Carris, “tem linhas nas quais os cobradores já não querem trabalhar”. O motorista e representante da Comissão de funcionários da empresa, Venceslau Machado, confirmou. “Enxergar uma viatura parada na Antônio de Carvalho é uma segurança para nós e isso é um absurdo. Quando não vemos o carro ali dá um desespero”.

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Um dos comandantes da Brigada questionou as empresas sobre o que está sendo feito para tirar ou diminuir a quantidade de dinheiro em circulação nos coletivos. A Carris disse que estuda colocar caixas de recolhimento em cada um dos terminais em breve. A preocupação da BM, no entanto, é debater o assunto para que a questão não acabe criando outro problema social. “Temos que tomar cuidado porque com a medida, que diminui o dinheiro circulante, a violência pode migrar para o usuário”, acrescentou o comandante.

Trabalho com a comunidade

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Enquanto a Carris viu o número de assaltos dobrar nos últimos dois meses, a Conorte registrou apenas uma ocorrência desde o início do ano. O assessor de comunicação da empresa, Fagno Costa, defendeu que isso é resposta do projeto desenvolvido junto a Associação de Moradores do bairro Rubem Berta. Segundo ele, desde o início do projeto, a comunidade passou a ajudar a reconhecer assaltantes e combateu os crimes “socialmente”. “Em torno da Ferradura tivemos apenas um assalto, desde o começo do ano. Então, o trabalho com a comunidade vem vindo”.

O encontro dessa terça foi o primeiro a incluir um representante do Judiciário na roda. O Sindicato dos Rodoviários aproveitou para pressionar por uma reunião com o Ministério Público. “Reconhecemos o trabalho da Brigada, mas a categoria tem trabalhado muito intranquila ainda porque os assaltos continuam”, disse Emerson Dutra, 2º vice-presidente do sindicato.  “Tem uma pauta interna dentro do Judiciário que é ‘assalto de patrimônio. A gente não pode aceitar assalto de patrimônio onde os trabalhadores estão trabalhando em pânico”.

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O encontro com o judiciário deve ser marcado ainda em agosto. O secretário estadual de Segurança Pública, Wantuir Jacini, não pode estar presente na reunião por um problema de agenda.

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