Fontana: Cunha usa cargo para se defender
Deputado acusa presidente da Câmara de usar o cargo que ocupa para impedir o trabalho da Comissão de Ética que analisa sua cassação; de acordo com o petista, "o parlamento nunca pode ser confundido com interesse pessoal do presidente Eduardo Cunha"; "Eduardo Cunha já perdeu as condições de presidir o parlamento brasileiro. Ele usou e usa o cargo em sua própria defesa, desrespeita o regimento da Câmara e todos os deputados e deputadas eleitos pelo povo brasileiro", disparou Henrique Fontana (PT-RS)
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Rio Grande do Sul 247- O deputado federal Henrique Fontana (PT-RS) acusou o presidente da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de "usar" o cargo que ocupa na Casa para antecipar a abertura da Ordem do Dia na Sessão Plenária e com isso impedir o trabalho da Comissão de Ética que analisa sua cassação - ele é acusado de ter mentido à CPI da Petrobras quando negou ter contas no exterior. De acordo com o petista, "o parlamento nunca pode ser confundido com interesse pessoal do presidente Eduardo Cunha".
"Eduardo Cunha já perdeu as condições de presidir o parlamento brasileiro. Ele usou e usa o cargo em sua própria defesa, desrespeita o regimento da Câmara e todos os deputados e deputadas eleitos pelo povo brasileiro", disse o petista em pronunciamento na Comissão de Ética, na reabertura da reunião, após deixar o plenário com mais de 50 deputados de vários partidos em protesto contra a manobra de Cunha. O peemedebista nega as acusações.
Fontana disse que , atualmente, há uma "condição limite do autoritarismo, do uso da presidência para proveito próprio". "Todos nós como democratas, defendemos o direito a defesa, com advogados, apresentação de provas e documentos e até mesmo com histórias dificílimas de acreditar como a relatada em entrevista para todo o país. Mas o uso do cargo é inadmissível", disparou. "Não tenho dúvida que este processo legal terminará na cassação do mandato dele".
Cunha também é alvo de investigação do Supremo Tribunal Federal (STF), que, no mês passado, abriu um inquérito, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), para apurar crimes corrupção com base em documentação do Ministério Público da Suíça apontando o peemedebista e sua esposa, Cláudia Cruz, como beneficiários de quatro contas no banco suíço Julius Baer, por onde teriam passado milhões de dólares em propina.
As contas secretas na Suíça teriam sido abastecidas com recursos desviados de contrato com a Petrobras. Outra investigação que recai sobre Cunha é o suposto recebimento de propina relativa à contratação de navios-sonda pela estatal. Em delação premiada, o empresário Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, investigado na Operação Lava Jato, confirmou que o parlamentar recebeu US$ 5 milhões em um contrato de navios-sonda da Petrobras.
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