Inclusão cultural: governo comemora êxito de Edital de oficinas

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ASN - Emoção e um grande sentimento de satisfação tomaram conta do Museu da Gente Sergipana na manhã desta sexta-feira, 14, com o encerramento do Edital de Apoio a Oficinas Culturais, projeto do Governo de Sergipe, através das Secretarias de Estado da Cultura (Secult) e da Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social (Seides), que leva o selo do programa 'Sergipe Mais Justo'.

Oficineiros, participantes dos cursos e a comunidade em geral foram convidados a participar da celebração dos resultados alcançados pelos projetos contemplados e assegurar a sua importância como ferramenta de inclusão cultural nas comunidades que vivem em situação de vulnerabilidade social na Grande Aracaju.

As secretárias de Estado da Cultura, Eloisa Galdino, e da Inclusão, Eliane Aquino, participaram do evento e ficaram encantadas com a dimensão e a importância que o Edital alcançou na vida de todos os envolvidos nele, fossem como oficineiros ou alunos beneficiados diretamente com a ação.

Eloisa Galdino destacou na sua fala a importância da cultura na vida das pessoas e ressaltou a sua alegria em ver o sucesso do Edital de Apoio a Oficinas Culturais."A cultura é um alimento para a alma, por isso é tão necessária. Por isso elaboramos esse projeto, para trabalhar a cultura com as pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza. Ele está integrado ao programa 'Sergipe Mais Justo', uma ação que começou com o nosso saudoso governador Marcelo Déda e que hoje podemos colher os sorrisos de todos que estão aqui", discursou.

A secretária da Cultura falou ainda sobre o pioneirismo da gestão de Marcelo Déda, e agora de Jackson Barreto, em incentivar editais na área da cultura e de aliá-los à inclusão social. "Nunca antes neste Estado houve um edital para a Cultura. Muito menos um que a trabalhasse como ferramenta direta de inclusão social. Por isso, posso dizer a vocês: nosso desafio continua, para que ações como essas não sejam pontuais, mas que virem políticas públicas, pois temos o entendimento de que os gestores públicos passam, mas suas ações e suas marcas devem ficar", finalizou Eloisa.

Nova versão

Eliane Aquino também estava muito feliz com o resultado do Edital e, atendendo aos apelos dos contemplados, anunciou uma nova versão no projeto que será lançada para que a cultura e a inclusão social continuem a caminhar de mãos dadas na busca da erradicação da pobreza em Sergipe. "Este é um projeto que tenho muito prazer em apoiar, e a Seides nunca havia feito nada desse tipo. O que vocês fazem aqui é formação cidadã e política desses jovens e hoje, vendo o resultado deste edital, tenho certeza que o nosso investimento valeu à pena, e que valerá mais ainda lançar a sua segunda edição", afirmou.

Eliane frisou ainda a parceria existente entre a Secult, Seides e Instituto Banese, que tem rendido frutos significativos para a cultura e para o desenvolvimento social em Sergipe. "Sozinhos nós não conseguimos nada. Só com parcerias assim estamos conseguindo mudar a realidade da social de muitos sergipanos. Por isso, tenho certeza que devemos continuar levando cidadania e arte para as pessoas que são o público alvo deste Edital, e desenvolvendo nosso estado através dos saberes, pois esta sempre foi a ideia de Marcelo Déda", completou.

A partir de agora a Secult e a Seides trabalharão no formato do novo edital, que será lançado em breve. Além disso, foi informado ainda durante a solenidade que a Secult, a Seides e o Banese, articularão a venda dos produtos que foram resultados do Edital na loja do Museu da Gente e no Centro de Arte e Cultura J. Inácio, localizado na Orla de Atalaia. Além disso, será formatado um calendário de apresentações para que todas as peças de teatro, de dança ou apresentações musicais que foram resultado do Edital, se apresentem no Museu, encantando a todos os visitantes e turistas que passam por lá.

Iniciativa mais que aprovada

Apresentações culturais das oficinas de Ginga Kollibry, realizada na Zona de Expansão em Aracaju, e da oficina 'Navio Negreiro: em que cais aporta o seu preconceito', da Barra dos Coqueiros, encantaram os presentes, e mostraram que a ação atingiu em cheio os beneficiados e auxiliou muitos a descobrir uma vocação para arte que até então eles não conheciam.

Este é o caso da jovem Erlucy Rodrigues, de 18 anos. Ela que é da comunidade da Barra dos Coqueiros, conseguiu, através do Edital, participar de duas oficinas: a 'Navio Negreiro' e a 'Geladeira Cultura'. "Nunca havia tido nenhum contato com a arte e participar das oficinas me deu uma noção muito bacana de tudo isso. Pretendo continuar nas atividades com o teatro, pois sempre fui muito tímida e descobri que posso me soltar muito nas apresentações", comemorou.

O seu colega, Fernando Williams, de 16 anos, também é morador da Barra dos Coqueiros, e assim como Erlucy, quis participar de não só uma, mas das duas oficinas. "Quero que ambas continuem, pois quero continuar e acho que será muito importante para os jovens lá da Barra. Me identifiquei muito com o fazer da arte e fiquei muito feliz em ver aqui quantas pessoas a mais foram contempladas com este projeto", disse o jovem.

Mas não foi só na Barra que as oficinas culturais fizeram sucesso entre os jovens. Na cidade de São Cristóvão a oficina 'Mais Artesanato', não só ensinou aos jovens o fazer artesanal, como também os incentivou a tê-la como uma fonte de renda. "Gostei muito de participar da oficina, pois aprendi coisas que jamais imaginei que poderia aprender, tanto sobre a arquitetura da minha cidade, como no trabalhar com a arte em si. Além disso, ainda pude ganhar dinheiro com a venda das peças. Isso tudo foi muito legal", celebrou a jovem Izamara Conceição, de 17 anos.

Entre os oficineiros a alegria também era geral. Durante a solenidade, cada um deles pôde expor o resultado da sua oficina, falar da receptividade dos jovens e também das dificuldades que surgiram no encaminhamento do projeto. Todos eles elogiaram a iniciativa do Governo, em promover o Edital de Oficinas e de incentivar a produção da arte também nas comunidades carentes.

O proponente da oficina Agbé Ayò: arte, cultura e literatura afro-brasileira para crianças e jovens do Olimar, Marcos Braz, por exemplo, falou importância em poder ter apoio financeiro do Governo para poder agir como multiplicador da sua arte nas comunidades carentes. "Isso foi muito importante para esses jovens e para nós que fazemos a arte também. Espero que as ações como essa não sejam passageiras e que continue fomentando a inclusão social através da cultura", assegurou.

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