Aracaju abriga mais de 400 moradores de rua

Este é o resultado do levantamento feito pelo Centro de População de Rua da capital, o Centro POP; essas pessoas passam o dia todo pelas vias da cidade em busca de dinheiro e comida, sendo que uma grande parte delas não tem para onde voltar, e neste caso, a rua, com as marquises, praças ou barracos improvisados com papelão e plástico viram também moradia 

Este é o resultado do levantamento feito pelo Centro de População de Rua da capital, o Centro POP; essas pessoas passam o dia todo pelas vias da cidade em busca de dinheiro e comida, sendo que uma grande parte delas não tem para onde voltar, e neste caso, a rua, com as marquises, praças ou barracos improvisados com papelão e plástico viram também moradia 
Este é o resultado do levantamento feito pelo Centro de População de Rua da capital, o Centro POP; essas pessoas passam o dia todo pelas vias da cidade em busca de dinheiro e comida, sendo que uma grande parte delas não tem para onde voltar, e neste caso, a rua, com as marquises, praças ou barracos improvisados com papelão e plástico viram também moradia  (Foto: Valter Lima)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Jornal da Cidade - Cerca de 400 pessoas estão em situação de rua em Aracaju, ou seja, passa o dia todo pelas vias da cidade em busca de dinheiro e comida, sendo que uma grande parte delas não tem para onde voltar, e neste caso, a rua, com as marquises, praças ou barracos improvisados com papelão e plástico viram também moradia. Este é o resultado do levantamento feito pelo Centro de População de Rua da capital, o Centro POP, como informou o coordenador da unidade, César Gama Filho.

Compõem essa parcela social pessoas como Erivaldo Francisco da Silva, 52 anos, e a esposa dele, de 19 anos de idade. Há quase um ano eles vivem sob as lonas erguidas na Avenida Desembargador Maynard, bem próximo ao viaduto que dá acesso à Av. Marechal Rondon (caminho para a Universidade Federal de Sergipe). Com uma hérnia umbilical bastante visível, e que segundo ele o incomoda bastante, o único jeito que encontrou para sobreviver foi catar material reciclado.

No pequeno “canto” há apenas duas camas de solteiro e um pouco do material que consegue nas ruas. O espaço ainda é dividido com um cachorro, há pouco tempo eram quatro, mas três morreram em consequência da fome, afirma ele. Um dos animais morreu, inclusive, esta semana. Erivaldo diz saber que a moradia é irregular e que a qualquer momento, agentes da Prefeitura podem retirá-lo do local e derrubar o que ergueu.

continua após o anúncio

“Infelizmente não tenho para onde ir com minha esposa. Antes de vir para cá morávamos embaixo de uma árvore, a poucos metros daqui. A Prefeitura veio e nos tirou de lá. Pôs-nos numa casa prometendo pagar o aluguel de R$ 250 e não chegaram a efetuar sequer o primeiro pagamento, e por isso fomos despejados, ou seja, não tivemos alternativa senão voltar para o relento”, lamentou o catador der recicláveis.

A companheira dele não trabalha, portanto, a única refeição que o casal faz por dia é conseguida por ele, e a água para beberem e banharem-se é pedida de porta em porta na comunidade vizinha. A alguns quilômetros deste local, grupo de pessoas em situação de rua diz esperar a ajuda do governo para melhorar a condição de vida: os que estão no Bairro Industrial sob a cabeceira da ponte que liga os municípios de Aracaju e Barra dos Coqueiros. No final da manhã de ontem não havia crianças ou mulheres entre o grupo de cinco homens, que vivem de maneira improvisada e pedindo ajuda da população para comer. “O povo da assistência social já esteve por aqui. Falou conosco, nos prometeu ajuda e até agora nada”, reclamaram.

continua após o anúncio

Mas de acordo com César Gama Filho, este grupo que vive sob a cabeceira da ponte já foi mapeado pelo Centro POP, tendo, inclusive, recebido auxílio da instituição. “Sempre que diagnosticamos pessoas em situação ou vivendo nas ruas realizamos uma série de intervenções para retirá-las deste ambiente. Fazemos abordagens, análise psicossocial dos usuários. Encaminhamos os que querem para as casas de passagem, casa abrigo ou casa lar, em se tratando de idosos ou crianças, ou ainda de volta ao convívio familiar, caso desejem. É um trabalho diário e constante, e cujo resultado depende também de quem está sendo beneficiado pela ação”, disse o coordenador do Centro POP.

continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247