Quem serão os candidatos a governador em 2014?

Eduardo Amorim, Jackson Barreto e João Alves Filho são os nomes prováveis; aliança DEM-PT não passa de especulação, mas gera temor entre Amorim e aliados; Eduardo sonha com o apoio de João, mas prefeito dá sinais de que disputará Governo; Jackson está em silêncio, mas não está quieto: atua nos bastidores; Valadares não será candidato, mesmo com Eduardo Campos disputando a presidência; em 2014, não haverá espaço para mais de um vencedor

Quem serão os candidatos a governador em 2014?
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Valter Lima, do Sergipe 247 – As especulações políticas do momento dão conta de uma suposta aproximação política entre o governador Marcelo Déda (PT) e o prefeito de Aracaju, João Alves Filho (DEM), que desembocaria na montagem de um palanque comum em 2014. Algumas vozes favoráveis e muitas vozes contrárias já se manifestaram. E neste último grupo aparecem aqueles que temem que esta aliança prejudique a candidatura do senador Eduardo Amorim (PSC). Mas ainda é muito cedo para falar sobre o destino que João irá tomar.

Uma coisa é certa: tudo dependerá das duas principais administrações em curso hoje no Estado. João conseguirá colocar em prática as ações que prometeu em Aracaju? Déda atuará em áreas importantes para tirar o Governo da péssima avaliação que tem hoje com a sociedade? Poderá Jackson Barreto assumir a administração estadual, caso o governador decida ser candidato ao Senado?

As respostas para cada um desses questionamentos definirão realmente quem são os candidatos a governador e quais serão as coligações montadas para a disputa que ocorrerá daqui a 19 meses. Somente, em abril do próximo ano é que o cenário estará realmente mais claro. Até lá, todas as especulações atendem interesses de grupos.

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Alguns fatos são marcantes no cenário atual: diferentemente do que tenta plantar a oposição, o senador Valadares (PSB) não está distante de Jackson; o prefeito João Alves não está inclinado a fazer parceria política com o PT objetivando eleições; dificilmente, haverá uma aliança entre o DEM e o PSC; João trabalha sim com o foco voltado para uma candidatura sua em 2014; mesmo Eduardo Campos sendo candidato a presidente da República, não será imperativo a Valadares disputar o Governo.

A partir de todas essas premissas, o que existe hoje, na verdade, é um temor do grupo liderado por Amorim de que João e Déda efetivamente se unam, mas, entre demistas e petistas, sabe-se que dificilmente isto ocorrerá. A probabilidade maior existente no cenário atual é João lançar-se novamente candidato. Mas ele sabe que isto dependerá de quão exitosa for sua gestão. Por isso, ele está tão focado em administrar. Quer criar as bases para que tudo ocorra da forma programada para, no curto espaço de um ano e três meses, ele faça da Prefeitura o seu principal tônus eleitoral para 2014.

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Jackson, por sua vez, prefere os bastidores e foge dos holofotes. Espera o momento para atuar. Não é um político novato, não está em sua primeira disputa eleitoral. Estando ou não estando no controle do Estado hoje, ele sabe que é vice-governador. Dessa condição, ninguém o tira. E é por isto que nutre certa tranquilidade. Acompanha os passos do governador Marcelo Déda. Estando em condições de saúde para disputar o Senado, o petista entregará a administração nas mãos do companheiro de chapa. E a partir daí, Jackson terá as condições para se fortalecer candidato.

Já Edivan Amorim, político habilidoso, atua, em silêncio. Não se expõe, não compra brigas, mas vai criando os meios para lançar seu irmão candidato. Tem uma base sólida no interior do Estado, conta com o apoio nacional do PSC, tem um aparato considerável de comunicação, do qual Eduardo Amorim, André Moura e demais aliados fazem uso diário. No entanto, sabe que sendo João candidato, o caminho das pedras se impõe para o sonho de ver Eduardo governador. Por isso, não chiou quando não teve qualquer espaço na prefeitura e fez dos seus aliados na Câmara Municipal de Aracaju uma base obediente a João. Espera conquistar o ex-sogro para o seu lado. Pessoas próximas ao prefeito, mesmo torcendo por esta aliança, não acreditam que ela se concretize.

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O PT não será protagonista nas eleições, pela primeira vez, em 14 anos, mas também não será peça fora do jogo. É o partido dos presidentes mais populares da história do país. Lula e Dilma fazem diferença, não tanto na capital, mas substancialmente no interior. Tem uma militância aguerrida e forte, que embora não seja a mesma que ajudou a eleger Déda governador em 2006, sabe ser relevante em momentos de tensão e de enfrentamento eleitoral. Além disso, o partido tem presença em todo o Estado, através das muitas ações que o Governo desenvolveu nos últimos anos. Só precisa capitalizar melhor.

A eleição de 2014, longe de ser uma disputa pasteurizada, terá muitas nuances de cor. Será definidora de rumo para todos os grupos. Sabe-se que é a última chance para cada um dos que poderão ser candidatos. Será a última tacada de João, a tentativa decisiva de Jackson e a mais relevante candidatura de Amorim.

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Diferentemente de 2010, quando três lideranças políticas despontaram (Déda reeleito governador, Amorim senador mais votado e João vencendo na capital), aos que perderem, o ocaso será quase imperativo, e ao que ganhar, um momento político novo se abrirá. Por enquanto, só dá mesmo para fazer especulações.

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