“Temos falhas também”, afirma Goretti Reis, sobre Saúde de Aracaju

Em apresentação na Câmara de Vereadores, secretária da Saúde da capital reafirmou existência de mais de R$ 60 milhões em dívidas,  falou da falta de medicamentos, do não cumprimento de cirurgias e da possibilidade de perda de recursos federais para construção de novos postos de saúde por falta de terrenos; Goretti disse que é preciso deixar os problemas da gestão anterior no passado e começar a enfrentar as demandas do presente; "temos que otimizar custos e buscar novas alternativas de financiamento", frisou

“Temos falhas também”, afirma Goretti Reis, sobre Saúde de Aracaju
“Temos falhas também”, afirma Goretti Reis, sobre Saúde de Aracaju


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Valter Lima, do Sergipe 247 – A secretária da Saúde de Aracaju, Goretti Reis (DEM), fez, nesta quinta-feira (11), na Câmara de Vereadores, uma longa apresentação da situação da pasta. Por mais de duas horas, repisou as dívidas que, segundo ela, passam dos R$ 60 milhões, falou da falta de medicamentos, do não cumprimento de cirurgias e da possibilidade de perda de recursos federais para construção de novos postos de saúde por falta de terrenos.

Poupada por todos os vereadores – inclusive, os de oposição –, Goretti não enfrentou qualquer questionamento mais complexo. Todos elogiaram a atuação da secretária e disseram confiar no potencial dela para minimizar os problemas do setor na capital. Passados os primeiros 100 dias de gestão na pasta, o que será feito agora? “Precisamos quitar o débito com prestadores, honrar compromissos com o cidadão e, mesmo diante dos problemas, buscar medidas de emergência para a implantação de novas propostas, projetos e soluções”, disse.

Entre todos os vereadores, o discurso de Emanuel Nascimento (PT) chamou atenção. Ele afirmou que as dificuldades do sistema de saúde persistem em todas as administrações. “Quantos secretários, com currículos extensos, passaram pela secretaria? E mesmo assim não conseguiram resolver todas as pendências e enfrentaram muitas críticas da população. A situação da saúde é complexa e até hoje não se encontrou ainda um caminho para resolver os problemas. Espero que a senhora consiga”, disse o vereador.

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Em um momento franco, Goretti mudou o tom do discurso, da crítica persistente aos gestores anteriores, e reconheceu que já há problemas da atual administração. “Temos falhas também”, confessou. Em seguida afirmou que o desafio é agregar qualidade aos serviços para atender aos pleitos da população. “Temos que otimizar custos”, frisou.

Palestra

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Durante sua explanação, Goretti Reis disse que do total de recursos disponíveis, no exercício anterior, para realização de cirurgias eletivas, somente 51% foram aplicados neste tipo de atendimento. Ela também afirmou que encontrou um déficit de 38% em medicamentos, que já foi reduzido para 28%. Sobre a estrutura física das unidades, a secretária apontou prédios desestruturados e até mesmo sucateados.

A demista garantiu que apesar das dificuldades, a Secretaria da Saúde está desenvolvendo esforços no sentido de reestruturar a organização de Sistema Único de Saúde (SUS), focando prioritariamente na atenção primária no município. “O contato preferencial do usuário do SUS deve se dar na atenção primária, que tem três desafios: ser resolutiva, coordenar o cuidado e assumir a responsabilidade pela população, possibilitando potencializar a organização para, de fato, implantar as redes de atenção à saúde”, disse.

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A secretária informou prioridades e propostas da gestão, como diminuir a discrepância na relação oferta/demanda dos procedimentos médicos. “Buscaremos aperfeiçoar os recursos disponíveis e buscar novas alternativas de financiamento junto ao Ministério da Saúde e Secretaria de Estado da Saúde. Além disso, planejamos ampliar as equipes de especialidades e reestruturar a política de Atenção da Rede Hospitalar, reestruturar o espaço físico, além da manutenção e aquisição de alguns equipamentos das Unidades de Urgência, reestruturação do Núcleo de Controle, Auditoria, Avaliação e Regulação (Nucaar) e rever as funções do Serviço de Reabilitação Física e Motora”, finalizou.

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