Crédito no Brasil cresce 11,3% em 2014, menor ritmo em 11 anos

Segundo o Banco Central, o estoque do crédito direcionado foi que o puxou o mercado, ao subir 19,6% no ano passado, impulsionado pelos financiamentos imobiliários e créditos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

Segundo o Banco Central, o estoque do crédito direcionado foi que o puxou o mercado, ao subir 19,6% no ano passado, impulsionado pelos financiamentos imobiliários e créditos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
Segundo o Banco Central, o estoque do crédito direcionado foi que o puxou o mercado, ao subir 19,6% no ano passado, impulsionado pelos financiamentos imobiliários e créditos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Foto: Leonardo Attuch)


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BRASÍLIA (Reuters) - O mercado de crédito no Brasil fechou 2014 com expansão de 11,3 por cento sobre o ano anterior, menor ritmo em 11 anos em meio ao cenário de juros elevados para domar a inflação e maior endividamento das famílias.

Apenas em dezembro, o estoque total de crédito no Brasil subiu 2,0 por cento sobre novembro, informou o Banco Central nesta terça-feira. A variação no ano é a menor desde 2003, quando o mercado cresceu 8,8 por cento.

Com o resultado, o mercado total somou 3,022 trilhões de reais em 2014, a primeira vez neste patamar, ou 58,9 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

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Segundo o BC, o estoque do crédito direcionado foi que o puxou o mercado, ao subir 19,6 por cento no ano passado, impulsionado pelos financiamentos imobiliários e créditos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Em 2013, no entanto, esse segmento havia crescido 24,5 por cento.

Já o crédito livre avançou bem menos em 2014, 4,7 por cento no ano passado, após avançar 7,8 por cento em 2013, num sinal de maior restrição dos bancos diante do cenário de fraca atividade e confiança dos agentes econômicos.

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A política monetária apertada também ajudou a desacelerar o crédito, ainda mais com o início de um novo ciclo de aperto em outubro passado e que já elevou a Selic para o atual patamar de 12,25 por cento ao ano para tentar domar a alta dos preços.

Para 2015, o BC ainda projeta que o mercado de crédito crescerá 12 por cento, mesmo com as recentes medidas de restrição. 

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INADIMPLÊNCIA

No mês passado, informou o BC, a inadimplência no segmento de recursos livres ficou em 4,8 por cento, ante 4,9 por cento em novembro e 4,7 por cento dezembro de 2013. No segmento de recursos totais, incluindo os direcionados, a inadimplência fechou o ano passado em 2,9 por cento, praticamente em linha aos 3 por cento vistos um ano antes.

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Ainda segundo o BC, o spread bancário --diferença entre o custo de captação e a taxa efetivamente cobrada do consumidor final-- foi de 20,4 pontos percentuais em dezembro no segmento de recursos livres, abaixo dos 21,1 pontos vistos no mês anterior, mas bem acima de 17,5 pontos percentuais em dezembro de 2013.

Considerando o crédito total, o spread ficou em 12,1 pontos percentuais no ano passado, também maior do que os 11,1 por cento vistos em dezembro de 2013.

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A taxa média de juros no segmento de recursos livres chegou a 32,4 por cento em dezembro, inferior aos 32,9 por cento de novembro mas acima dos 29 por cento verificado em dezembro de 2013. No crédito total, os juros ficaram em 20,9 por cento no mês passado, maior do que os 19,7 por cento apurados um ano antes. 

(Reportagem de Luciana Otoni)

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