Seis perguntas sobre a Vale

O que todo investidor deve saber sobre a companhia

O que todo investidor deve saber sobre a companhia
O que todo investidor deve saber sobre a companhia (Foto: Camila Nunes)


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Do Infomoney - As ações da Vale (VALE3;VALE5) até devolveram uma parte dos ganhos registrados na semana passada, mas vêm acumulando ganhos superiores a 20% no mês, sendo 27% para os ativos ON e 24% para a classe de ativos PNA.

Mas esta alta é fundamentada? O cenário mudou para a companhia? Para responder a estas questões e outras questões, o Citi destacou em relatório o ambiente de negócios para a mineradora e manteve o ceticismo com o cenário. Com isso, o investidor ainda deve ficar atento à Vale, que possui recomendação de venda pelos analistas da casa de análise.

Por outro lado, ressaltam os analistas Alexander Hacking e Thiago Ojea, há uma pergunta de US$ 1 milhão a ser feita: será que os estímulos na China irão gerar um ponto de inflexão cíclico na demanda de aço? É aguardar para ver:

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Confira seis perguntas e respostas sobre a Vale:

1 - Por que o minério de ferro subiu 20%? De acordo com o Citi, o minério passou de US$ 48 para US$ 58 a tonelada, destacando a escassez física impulsionado pelo estocamento e uma melhora sazonal na produção de aço, mas baixa disponibilidade na China do insumo. Os estímulos do governo, como o corte nos compulsórios, e a decisão da BHP Billiton de adiar os investimentos para expandir produção ajudaram a puxar os preços para cima.

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2 - Por que a Vale subiu 35% na semana passada? Os analistas do Citi destacam que a alta de 35% dos ADRs (American Depositary Receipts) de US$ 5,87 para US$ 7,92 pode ter sido um rali de curto prazo conduzido pelo movimento do minério de ferro (e o relatório de produção da mineradora não ajudou). Muitos fundos também estavam com baixa posição no papel.

3 - Qual é a relevância do movimento da BHP para adiar os planos de expansão? A BHP Billiton anunciou o adiamento da expansão do investimento de 270 a 290 toneladas métricas secas. A queda de 20 toneladas métricas seria relativamente imaterial. "No entanto, é simbolicamente importante que uma das maiores mineradoras do mundo de baixo custo esteja se recusando a gastar em capacidade adicional - e é um indicativo de que os preços de longo prazo devem ser acima dos níveis atuais, a nosso ver. Observamos também que BHP anteriormente cancelou seu projeto Outer Harbor, que continua a ser o único cancelamento de projeto significativo entre as três maiores".

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4 - Alguma coisa realmente mudou na perspectiva para o minério de ferro? O lado da oferta do minério de ferro continua desafiador e espera-se um aumento na produção, calculando uma oferta adicional entre 100 toneladas a 300 toneladas por ano ao longo dos próximos quatro anos. "Nas últimas semanas, temos visto algumas paradas importantes, tais como Atlas e Sinosteel na Austrália. No entanto, vimos também desenvolvimentos que podem levar a manter mais a produção, como a Shandong da China adquirindo a Tonkolili e Fortescue estendendo a sua dívida", informa.

No entanto, o fraco desempenho do minério de ferro também reflete a fraca demanda da siderúrgica chinesa. Porém, é possível que o estímulo do governo chinês irá gerar um ponto de inflexão cíclica (mesmo enquanto a tendência estrutural de longo prazo permanece desafiodora). Esta é a questão de um milhão de dólares para o minério de ferro nos próximos 6-12 meses.

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5 - Será que acabamos de perder o pessimismo com Vale? Há sinais de pessimismo exagerado. Mas a verdade também é que fatores sazonais podem colocar o minério de ferro em forte pressão no segundo semestre de 2015. O fornecimento extra de cem toneladas ao longo do ano deve atingir o pico no quarto trimestre. E a produção de aço chinesa atinge os picos entre maio e agosto. Assim, os preços do minério de ferro podem chegar facilmente a US$ 40 a tonelada.

6 - O que a Vale precificou na semana passada? A Vale precificou o minério de ferro a US$ 65 a tonelada, que geraria um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de US$ 20. Isso representa um Ebitda de US$ 8 bilhões por 400 mil toneladas. Levando em conta os segmentos de metais básicos, carvão e fertilizantes, o Ebitda esperado é de US$ 12 bilhões.

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