Em 7 meses, 3 compras, US$ 4 bi e alta de 40% na Bolsa: o que vai parar a JBS?

Brasileira JBS, maior produtora global de carnes, que se tornou a maior empresa de faturamento no País em 2014, acumulou um histórico de três aquisições, em três países, a uma cifra de US$ 4,07 bilhões; na Bolsa, o caminho ascendente acompanhou também as ações da companhia, que acumula desde então valorização de 43%, enquanto vê seus concorrentes patinarem no mercado

Brasileira JBS, maior produtora global de carnes, que se tornou a maior empresa de faturamento no País em 2014, acumulou um histórico de três aquisições, em três países, a uma cifra de US$ 4,07 bilhões; na Bolsa, o caminho ascendente acompanhou também as ações da companhia, que acumula desde então valorização de 43%, enquanto vê seus concorrentes patinarem no mercado
Brasileira JBS, maior produtora global de carnes, que se tornou a maior empresa de faturamento no País em 2014, acumulou um histórico de três aquisições, em três países, a uma cifra de US$ 4,07 bilhões; na Bolsa, o caminho ascendente acompanhou também as ações da companhia, que acumula desde então valorização de 43%, enquanto vê seus concorrentes patinarem no mercado (Foto: Roberta Namour)


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SÃO PAULO - Em apenas 7 meses, a JBS (JBSS3), que se tornou a maior empresa de faturamento no País em 2014, acumulou um histórico de três aquisições, em três países, a uma cifra de US$ 4,07 bilhões. Na Bolsa, o caminho ascendente acompanhou também as ações da companhia, que acumula desde então valorização de 43%, enquanto vê seus concorrentes patinarem no mercado. As ações da Marfrig (MRFG3) acumulam no mesmo período uma queda de 6%, contra alta de 4% da Minerva (BEEF3).

A sua última aquisição pela Cargill Pork por US$ 1,45 bilhão, por meio de sua controlada Swift Pork Company, que contempla as operações de suínos da Cargill nos Estados Unidos veio a confirmar sua estratégia adotada nos meses que se passaram: diversificar, geograficamente, suas receitas, com aumento à exposição a moedas fortes. Lembrando que as compras anteriores foram a irlandesa Moy Park, uma subsidiária da Marfrig, um negócio de US$ 1,5 bilhão, anunciado no final de junho, e o grupo australiano Primo, em novembro de 2014, por US$ 1,125 bilhão.

Aquisições que fizeram o BTG Pactual reafirmar nesta quinta-feira (2) o preço-alvo das ações da JBS em R$ 21,00 por ação, com recomendação de compra, em relatório com título "De volta ao modelo das Fusões e Aquisições. Seriamente". Se as projeções do BTG se confirmarem, os papéis da companhia tem um potencial de 30% de valorização nos próximos 12 meses.

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"Ao contrário da Moy Park, onde pensamos que as sinergias e racional estratégico eram muito menos óbvios, a expansão da JBS em uma proteína onde os EUA são vencedores, a demanda continuará crescendo e a empresa parece ser próspera, significa ganhos rápidos muito mais claro para nós", escreveram os analistas Thiago Duarte e Jose Luis Rizzardo, do banco. Um negócio que promete trazer um maior valor agregado, que deve contribuir para o aumento das margens da empresa, afirmou, na mesma linha, a Elite Corretora.

Com a aquisição, o negócio de porco representa agora mais do que 12% do Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da JBS. E, se aprovada a compra, levará a companhia a deter 19% do mercado americano, contra 11% antes da operação, figurando então como o segundo maior player do país (atrás apenas da Smithfield). Além dos EUA, a JBS quer também elevar sua fatia nas exportações globais de carne bovina. A Cargill Pork tem uma receita líquida anual de US$ 2,56 bilhões, sendo que 81% vem do mercado doméstico americano e 19% de exportações.

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Em relatório de hoje, a Planner Corretora ressalta que a JBS está capitalizada e o momento de mercado favorece a aquisição, que está em linha com a estratégia da empresa de longo prazo de crescimento em produtos com maior valor agregado, ampliando a base de clientes, tanto no mercado interno quanto em exportações. Diversificações geográficas que parecem fazer sentido para a empresa e que tem ganhado o aval do mercado.

Em sete meses, as ações da companhia se descolaram completamente do restante do setor na Bolsa e já sobem 43%. Mas um histórico que não dá para apagar os últimos dois anos da empresa no mercado, que desde a aquisição da Seara por R$ 5,5 bilhões, em junho de 2013, já dispararam mais de 180%. A compra, que consolidou a companhia no segmento de aves e suínos no mercado brasileiro, atrás apenas da gigante BRF, foi mais uma demonstração da "fome" da companhia, que desde 2007 adquiriu 16 empresa. O que vai para a JBS?

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