Dólar sobe pelo 4º dia seguido e fecha a R$ 3,479

Moeda norte-americana subiu 0,28%, a R$ 3,4642 na venda, renovando a máxima de 20 de março de 2003, em um reação a preocupações com o quadro político e econômico no Brasil e expectativas de alta dos juros nos Estados Unidos no mês que vem

Um funcionário de banco conta notas de cem dólares em Bangcoc. O fluxo cambial, entrada e saída e moeda estrangeira do país, ficou negativo em 1,95 bilhões de dólares na semana passada, fazendo com que fevereiro como um todo fechasse no vermelho, com défi
Um funcionário de banco conta notas de cem dólares em Bangcoc. O fluxo cambial, entrada e saída e moeda estrangeira do país, ficou negativo em 1,95 bilhões de dólares na semana passada, fazendo com que fevereiro como um todo fechasse no vermelho, com défi (Foto: Gisele Federicce)


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Por Bruno Federowski e Flavia Bohone

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar avançou ante o real pela quarta sessão consecutiva nesta terça-feira, chegando a aproximar-se de 3,49 reais, reagindo a preocupações com o quadro político e econômico no Brasil e expectativas de alta dos juros nos Estados Unidos no mês que vem.

A moeda norte-americana subiu 0,28 por cento, a 3,4642 reais na venda, renovando a máxima de 20 de março de 2003 e acumulando valorização de 4,05 por cento em quatro sessões.

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Na máxima do dia, chegou a 3,4885 reais, com alta de quase 1 por cento, mas o movimento perdeu fôlego na reta final da sessão com investidores aproveitando a forte valorização recente para vender a moeda.

"A cautela continua dominando o ambiente do câmbio

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interno", escreveu o operador da corretora Correparti Jefferson Luiz Rugik em nota a clientes.

Na véspera, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu foi preso como parte de nova fase da Operação Lava Jato, que investiga escândalo bilionário de corrupção no Brasil. Investidores temem que golpes à credibilidade do país afastem capitais do mercado local e dificultem a aprovação de importantes medidas no Congresso Nacional.

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Ao pessimismo interno somou-se a expectativa de alta de juros nos Estados Unidos em setembro após as declarações do presidente do Federal Reserve de Atlanta, Dennis Lockhart, de que teria de sofrer "uma deterioração significativa" para ele não apoiar uma alta das taxas em setembro, informou o Wall Street Journal à tarde.

"(Lockhart) foi mais assertivo do que qualquer um esperava", disse o economista da 4Cast Pedro Tuesta.

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Juros mais altos nos EUA --promovidos pelo Fed, banco central norte-americano-- podem atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados em outros países, como o Brasil. Nesse contexto, o dólar passou a subir em relação a uma cesta de moedas.

Mais cedo, a moeda dos EUA chegou a recuar no exterior e no Brasil, atingindo 3,4297 reais, com investidores comprando ativos de maior risco diante de nova alta da bolsa da China.

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"O cenário interno aqui está muito complicado. Não vai ser um dia de alta na China que vai mudar isso", disse o operador de uma corretora nacional, sob condição de anonimato.

Nesta manhã, o Banco Central brasileiro deu continuidade à rolagem dos contratos que vencem em setembro, vendendo a oferta total de até 6 mil contratos, que equivalem a venda futura de dólares. Ao todo, a autoridade monetária rolou o correspondente a 582,9 milhões de dólares, ou cerca de 6 por cento do lote total, equivalente a 10,027 bilhões de dólares.

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