Ibovespa cai forte com novo pânico no exterior e fala de Levy
O Ibovespa fechou em forte queda nesta terça-feira (1), acelerando perdas no fim do pregão seguindo a derrocada das bolsas internacionais. Os índices Dow Jones e S&P 500 recuaram 2,84% e 2,95% respectivamente em meio a dados da China; No cenário doméstico pesaram as falas do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, após o déficit no Orçamento anunciado ontem. "Se casa não estiver em ordem, é impossível crescer, é impossível ter confiança", disse
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O Ibovespa fechou em forte queda nesta terça-feira (1), acelerando perdas no fim do pregão seguindo a derrocada das bolsas internacionais. Os índices Dow Jones e S&P 500 recuaram 2,84% e 2,95% respectivamente em meio a dados da China. Hoje, o gigante asiático decepcionou novamente ao mostrar fraqueza nos seus PMIs (Índices Gerentes de Compras) de manufaturas e serviços, sendo que no caso do índice industrial houve uma queda para o menor patamar em 3 anos. No cenário doméstico pesaram as falas do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, após o déficit no Orçamento anunciado ontem. "Se casa não estiver em ordem, é impossível crescer, é impossível ter confiança", disse.
O benchmark da Bolsa brasileira recuou 2,46% a 45.477 pontos. Ao mesmo tempo, o dólar comercial fechou em alta de 1,68% a R$ 3,6880, enquanto o dólar futuro para outubro subiu 1,78% a R$ 3,722. No mercado de juros futuros o DI para janeiro de 2017 sobe 22 pontos-base a 14,42% ao passo que o DI para janeiro de 2021 tem alta de 30 pbs a 14,40%.
O mercado repercute hoje também uma possível perda do grau de investimento depois do déficit do governo. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, estaria desconfortável diante da falta de apoio da presidente Dilma Rousseff (PT) aos cortes de gastos e não respondeu a pergunta sobre se continuaria no governo. Com isso, aumentaram os riscos de rebaixamento do rating do Brasil para abaixo do grau de investimento. É preciso que duas agências de classificação de risco rebaixem a nota abaixo do investment grade para que haja de fato a perda, que reduziria bruscamente os investimentos estrangeiros no País, já que muitos fundos só podem investir em países com grau de investimento.
Destaques de ações
As ações da Petrobras (PETR3, R$ 10,16, -4,33%; PETR4, R$ 8,76, -4,68%) tiveram queda forte. O petróleo WTI (West Texas Intermediate), negociado no Texas, recuou 8,17%, a US$ 45,21, enquanto o Brent registrava baixa de 8,78%, a US$ 50,90. "Boa parte da queda deve-se a posição de cobertura vendida", disse Ben Le Brun, analista de mercado da Sydney's OptionsXpress. Nos últimos três dias, o petróleo WTI subiu 27,5% - o maior ganho nesse período desde agosto de 1990.
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