Protesto 'Fora, Alckmin' termina em confronto

PM usou bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar manifestantes, após a depredação de agências bancárias e de uma concessionária de veículos, na região da Avenida Rebouças, em São Paulo. De 20 manifestantes detidos, 5 continuaram presos, acusados de atingir carro da Rota. Além de pedirem a saída do governador tucano, o grupo gritava pedindo o fim da Polícia Militar e respostas para o caso de Amarildo de Souza, que desapareceu após ser levado para a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, onde vivia

Protesto 'Fora, Alckmin' termina em confronto
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Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Manifestantes ocuparam, na noite de ontem (30), a Avenida Rebouças, sentido da Avenida Paulista, uma das principais vias da capital paulista. O protesto criticava o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), o desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza no Rio de Janeiro e a militarização da polícia. A Força Tática usou bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar os manifestantes, após a depredação de agências bancárias e de uma concessionária de veículos. Com os rostos cobertos, manifestantes usaram marretas e pedras nos ataques. Muros e prédios também foram pichados.

Segundo a Polícia Militar, 15 pessoas foram detidas pelo policiamento local e cinco pelas Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota). Todos foram levados para o 14º Distrito Policial, em Pinheiros, zona oeste. Um homem, que disse ser jornalista, foi detido pela Rota quando estava intoxicado pelo gás lacrimogêneo e não conseguia se levantar.

O protesto começou por volta das 18h30 no Largo da Batata, zona oeste paulistana e passou pela Avenida Brigadeiro Faria Lima antes de chegar à Avenida Rebouças. Antes mesmo dos manifestantes se concentrarem no local, a Polícia Militar estava presente com 16 viaturas no largo, além de um carro do Corpo de Bombeiros e o policiamento reforçado em outros pontos da região. Durante a tarde, a Secretaria de Segurança Estado de São Paulo divulgou nota informando que estava disposta a adotar as medidas necessárias para evitar atos de vandalismo como os vistos na última sexta-feira (26) na Avenida Paulista.

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Parte dos manifestantes lembrava as denúncias de corrupção envolvendo as obras do metrô de São Paulo que vêm sendo veiculadas pela revista IstoÉ. “Estou aqui contra o governo do PSDB e a corrupção que ele representa em relação a uma das prioridades da população, que é o transporte público”, disse o professor do ensino fundamental Cícero Barbosa. Ele reclamou ainda dos baixos investimentos estaduais em saúde e educação.

A estudante de comércio exterior Fernanda Avelino disse que participava do ato para protestar contra a desigualdade social. “É muita desigualdade para o tamanho da arrecadação [de tributos pelo governo]”, disse ao reclamar da má distribuição de renda e da falta de infraestrutura. Para ela, os avanços indicados pelo Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), divulgado ontem, não refletem a realidade do país. “Isso prova que as estatísticas não são nada ou é preciso algo muito além disso”.

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Além de pedirem a saída de Alckmin, os manifestantes gritavam pedindo o fim da Polícia Militar e respostas para o caso de Amarildo de Souza, que desapareceu após ser levado para a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, onde vivia.

Edição: Fábio Massalli

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