Com "indignação", Andrea nega propina da Alstom

"Não discuti nem assinei qualquer contrato ou aditivo que tenha sido ou esteja sendo investigado", ressaltou em nota o vereador paulista, que conforme reportagem do jornal Folha de S.Paulo foi indiciado pela Polícia Federal por suspeita de ter recebido propina da Alstom; Matarazzo alega que ainda não havia assumido a pasta no período das denúncias; "Não há qualquer delito ou conduta suspeita de minha parte", defende-se; caso entre Alstom e governos tucanos, porém, é conhecido há anos; por que o vereador só falou agora?

Com "indignação", Andrea nega propina da Alstom
Com "indignação", Andrea nega propina da Alstom


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247 - O vereador paulista Andrea Matarazzo (PSDB) reagiu, por meio de nota divulgada nesta terça-feira 6, às acusações publicadas em reportagem do jornal Folha de S.Paulo de que o tucano teria recebido propina do grupo francês Alstom. A denúncia consta de um relatório da Polícia Federal, que indiciou o político por suspeita de corrupção passiva, pela época em que ele foi secretário estadual de Energia, em 1998. Na nota, o vereador aponta primeiramente que o período em que ele ocupou a Secretaria não bate com as denúncias.

"Fui secretário de Energia do Estado de São Paulo por sete meses: de 26 de janeiro de 1998 a 10 de agosto de 1998. As referidas acusações são de 1997, antes de eu assumir a Pasta, portanto", responde o tucano. Segundo a Folha, a PF investigou denúncias da Alstom com o governo de São Paulo de 1995 a 2003, quando o Estado foi governado pelos tucanos Mario Covas e Geraldo Alckmin. A polícia concluiu que Matarazzo foi beneficiado devido ao cargo que ocupava na época de um dos contratos.

A reportagem não aponta exatamente quem estaria trocando as mensagens em 1997, mas o procurador Rodrigo de Grandis, que está com o inquérito sobre o caso há um ano, disse ao jornal que uma mensagem em especial incriminou Matarazzo. Ela "se refere a um contrato de R$ 72 milhões para fornecimento de equipamentos para a EPTE, empresa que era controlada pelo Estado e que mais tarde foi privatizada", diz o texto.

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O vereador volta a afirmar que "o contrato original é de governos anteriores". E reitera: "Não discuti nem assinei qualquer contrato ou aditivo que tenha sido ou esteja sendo investigado". O político garante que "não há qualquer delito ou conduta suspeita" de sua parte e informa que seu advogado "já pediu arquivamento dos autos". A suspeita de propina entre a empresa Alstom e os governos do PSDB em São Paulo, porém, é conhecida há anos. Por que o vereador só falou agora?

Leia abaixo a íntegra da nota divulgada pela assessoria do vereador:

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Com relação a matéria publicada nesta terça-feira (6/agosto) no jornal Folha de S.Paulo ligando meu nome a suposto favorecimento no caso Alstom, quero esclarecer:

Fui secretário de Energia do Estado de São Paulo por sete meses: de 26 de janeiro de 1998 a 10 de agosto de 1998. As referidas acusações são de 1997, antes de eu assumir a Pasta, portanto.

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Como de costume, o secretário acumula também a Presidência do Conselho da Administração, composto por 15 pessoas, que reunia as empresas Cesp, Cetep, Tietê, Comgas, EPTE, Eletropaulo, Emae, Bandeirantes, Paranapanema.

Nunca tive conhecimento nem sequer houve qualquer discussão em reunião do Conselho dessas empresas sobre o referido aditivo de contrato durante aquele período. As atas das reuniões podem comprovar. O contrato original é de governos anteriores.

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Reitero: não discuti nem assinei qualquer contrato ou aditivo que tenha sido ou esteja sendo investigado.

O aditivo mencionado não era da alçada do Conselho de Administração da empresa, mas da diretoria da EPTE ou Eletropaulo, que já estavam lá quando tornei-me secretário.

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Temas desta natureza eram decididos, de forma autônoma, no âmbito da Administração Ordinária das empresas de energia.

Importante ressaltar que na época do "bilhete"mencionado na referida matéria – 1997 – eu nem havia sido nomeado secretário, tampouco indicado para o Conselho de Administração das empresas Emae, Comgas, EPTE e Eletropaulo.

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Não há qualquer delito ou conduta suspeita de minha parte. Meu nome não aparece em lugar algum, como a própria matéria informa. Os únicos indícios apontados pelo delegado da Polícia Federal são o fato de eu ter sido Secretário de Energia e pertencer ao mesmo partido político que governava São Paulo.

É com muita indignação que vejo meu nome envolvido em denúncias sobre assuntos nos quais jamais tive participação ou conhecimento. Tenho certeza de que os fatos demonstrarão a verdade.

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Meu advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira já pediu arquivamento dos autos.

Andrea Matarazzo

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