O sugestivo nome da conta da corrupção tucana: Orange

Segundo a PF, conta corrente usada no pagamento do suposto esquema de propinas da Alstom ao PSDB e ao governo de São Paulo era chamada de Orange Internacional (Laranja Internacional, em português). Ela já tinha sido citada em investigações da Procuradoria da República em 2004 sobre remessas de divisas a um ex-diretor do Banco do Brasil do governo FHC



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247 – O nome não poderia ser mais sugestivo. A PF detectou que a conta corrente usada no pagamento do suposto esquema de propinas da Alstom ao PSDB e ao governo de São Paulo era chamada de Orange Internacional (Laranja Internacional, em português).

Segundo informações do Estadão, a PF encontrou a conta quando apurava quatro depósitos em 1998 que chegaram a US$ 1,44 milhão (valor atualizado). Ela era operada por meio do MTB Bank de Nova York.

A mesma Orange International já tinha sido citada em investigações da Procuradoria da República em 2004 sobre remessas de divisas a um ex-diretor do Banco do Brasil do governo de Fernando Henrique Cardoso. Além da Orange, a conta Kisser Investiment SA, no Bank Audi de Luxemburgo, teria abrigado remessas da Alstom.

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A descrição da conta está nos depoimentos do lobista Romeu Pinto Junior. Ele contou que os executivos franceses Pierre Chazot e Phillipe Jafre lhe ordenavam que entregasse "pacotes de dinheiro" a pessoas que desconhecia.

A Polícia Federal indiciou o vereador de São Paulo Andrea Matarazzo (PSDB) por suspeita de corrupção passiva, por acreditar que recebeu propina do grupo francês Alstom quando foi secretário estadual de Energia, em 1998.

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No relatório final do inquérito, baseado em informações obtidas pelo Ministério Público da Suíça, o delegado Milton Fornazari Junior cita como evidência para indiciar Matarazzo uma troca de mensagens de 1997 em que executivos da Alstom discutiriam o pagamento de vantagens para o PSDB, a Secretaria de Energia e o Tribunal de Contas.

Na Suíça, a Alstom pagou à Justiça US$ 43,5 milhões para suspender o processo no qual era acusada de corrupção e lavagem de dinheiro no Brasil. No decorrer do processo, executivos confessaram ter distribuído propinas de US$ 6,5 milhões a gente da administração estadual de São Paulo, em troca de um contrato de US$ 45 milhões para a expansão do metro, entre 1998 e 2001.

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