Acusado de propina diz que fica no governo Alckmin

Secretário de Desenvolvimento Econômico de São Paulo e um dos auxiliares mais próximos do governador Geraldo Alckmin, Rodrigo Garcia tenta sair da defensiva; agora, ele quer confrontar a versão de Everton Rheinrheimer, que o apontou, em depoimento à Polícia Federal, como um dos receptores de propinas da Siemens no Brasil; "Ele afirma que falou de comissão e propina comigo, mas que não foi quem entregou, não pode provar", diz ele; sobre sair do governo, ele nem considera a hipótese; "A única recomendação que recebi do governador na virada do ano foi continuar acelerando os projetos"

SP - DEM/RODRIGO GARCIA/POSSE  - POL�TICA - O deputado federal Rodrigo Garcia (DEM-SP) toma posse do cargo de Secret�rio de Desenvolvimento Social do Estado de S�o Paulo, nesta   segunda-feira, no Pal�cio dos Bandeirantes, zona oeste da capital paulista.
SP - DEM/RODRIGO GARCIA/POSSE - POL�TICA - O deputado federal Rodrigo Garcia (DEM-SP) toma posse do cargo de Secret�rio de Desenvolvimento Social do Estado de S�o Paulo, nesta segunda-feira, no Pal�cio dos Bandeirantes, zona oeste da capital paulista. (Foto: Leonardo Attuch)


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SP 247 - Apontado pelo ex-diretor da Siemens, Everton Rheinrheimer, como um dos elos da multinacional alemã no governo de São Paulo e como receptor de propinas (leia mais aqui), o secretário de Desenvolvimento Econômico de São Paulo, Rodrigo Garcia, que é também um dos auxiliares mais próximos do governador Geraldo Alckmin, decidiu sair da defensiva. Dois atrás, ele visitou a Folha de S. Paulo, onde apresentou sua versão. Neste domingo, o jornal Estado de S. Paulo também lhe ofereceu uma entrevista de página inteira. No depoimento, aos jornalistas Fausto Macedo e Fernando Gallo (leia aqui a íntegra), Rodrigo Garcia admite conhecer Everton Rhenrheimer, mas diz que ele "não tem como provar" qualquer pagamento de propina.

Sobre Rheinrheimer, ele afirma que o conhece de forma vaga. "Sei de quem se trata. Me familiarizei com ele pelas fotos de jornal. Lembrava dele como um ex-diretor de multinacional. Puxando na memória, se eu o recebi como líder do PFL (na Assembleia), recebi uma vez, como recebi tantas outras pessoas desse e de outros setores. É atividade parlamentar. E depois da eleição de 2010 lembro que ele esteve no escritório político. Eu já era deputado federal. Ele fez uma visita. É isso o que lembro. Não tenho nenhum tipo de relacionamento próximo, não sei onde mora, o que faz, se mora no Brasil, o que tem no Brasil, o que deixa de ter."

Garcia também diz que o ex-diretor da Siemens contribui para uma de suas campanhas. "Vi pelos jornais. Eu faço jantares. Centenas de outras pessoas físicas e jurídicas compram. Esses convites são algo natural. São equipes de colaboradores, pessoas que sabem que sou candidato, vão lá e colaboram", afirmou.

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Ele diz ainda que as acusações têm cunho eleitoral e que Rheinrheimer não poderá provar o que disse. "Ele não tem credibilidade. Vai saber até por interesse de quem. Fala que beltrano, fulano e sicrano recebiam, esse aqui falei de propina com ele, esse outro falei com o assessor dele. E diz que não tem provas. Ele não aponta claramente. É coisa vaga, atendendo a não sei quais interesses. Parar a investigação do inquérito, ganhar tempo, prejudicar nosso governo, bater na oposição ao governo federal", disse Garcia. "Ele afirma que falou de comissão e propina comigo, mas que não foi quem entregou, não pode provar."

O secretário também garante que não irá se afastar do cargo. "Não tem sentido. É tão sem pé nem cabeça, para atingir o governo. A única recomendação que recebi do governador na virada do ano foi continuar acelerando os projetos", afirma. Por fim, ele diz ainda que pedirá uma acareação com o ex-diretor da Siemens.

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