Papel confirma suborno de Alstom a tucanos

Documento apreendido na sede da Alstom aponta que integrantes da Secretaria de Energia, na gestão de Mario Covas (PSDB), em 1998, e três diretorias da EPTE (Empresa Paulista de Transmissão de Energia) receberam propina por contrato de US$ 45,7 milhões; pasta era comandada por Andrea Matarazzo; Suíça já apontava pagamentos para Robson Marinho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado; denúncias ligam esquema com reeleição de FHC 

Documento apreendido na sede da Alstom aponta que integrantes da Secretaria de Energia, na gestão de Mario Covas (PSDB), em 1998, e três diretorias da EPTE (Empresa Paulista de Transmissão de Energia) receberam propina por contrato de US$ 45,7 milhões; pasta era comandada por Andrea Matarazzo; Suíça já apontava pagamentos para Robson Marinho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado; denúncias ligam esquema com reeleição de FHC 
Documento apreendido na sede da Alstom aponta que integrantes da Secretaria de Energia, na gestão de Mario Covas (PSDB), em 1998, e três diretorias da EPTE (Empresa Paulista de Transmissão de Energia) receberam propina por contrato de US$ 45,7 milhões; pasta era comandada por Andrea Matarazzo; Suíça já apontava pagamentos para Robson Marinho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado; denúncias ligam esquema com reeleição de FHC  (Foto: Roberta Namour)


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247 – Foi encontrada na França uma nova prova de que Alstom pagou propina a agentes públicos na gestão de Mario Covas (PSDB), em 1998. Segundo a Folha de S. Paulo, um documento apreendido na sede da empresa indica que integrantes da Secretaria de Energia e três diretorias da EPTE (Empresa Paulista de Transmissão de Energia) foram subornados para que a companhia obtivesse um contrato de US$ 45,7 milhões (R$ 52 milhões, em valores da época).

No momento da assinatura do contrato, o secretário de Energia era Andrea Matarazzo. Ele nega ter recebido propina. No entanto, o documento reforça tese da Polícia Federal, baseada em informações do Ministério Público da Suíça, que já citava como evidência para indiciar Matarazzo uma troca de mensagens de 1997 em que executivos da Alstom discutiriam o pagamento de vantagens para o PSDB, a Secretaria de Energia e o Tribunal de Contas. Segundo o procurador Rodrigo de Grandis, a mensagem que incriminaria Matarazzo se refere a um contrato de R$ 72 milhões para fornecimento de equipamentos para a EPTE, empresa que era controlada pelo Estado e que mais tarde foi privatizada.

Segundo o novo documento, a Secretaria de Energia recebeu 3% do contrato (R$ 1,56 milhão). Já as diretorias financeira, administrativa e técnica da EPTE aparecem como destinatárias de 1,5% (R$ 780 mil), 1% (R$ 520 mil) e 0,13% (R$ 67,6 mil), respectivamente.

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O Ministério Público de São Paulo pedirá a dissolução da multinacional francesa Alstom no Brasil em razão do propinoduto nos trens. 

Os promotores dizem ter provas suficientes para demonstrar o pagamento de propina aos políticos, como a quebra de sigilo bancário de contas secretas que a Alstom mantinha na Suíça, que mostra que a empresa abasteceu outras contas das quais saíram pagamentos para Robson Marinho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. A Alstom também fez transferências para uma empresa do consultor Romeu Pinto Jr., que já confessou à polícia que não prestou serviço algum à multinacional francesa e na verdade recebeu valores para pagar propinas. 

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De acordo com denúncias publicadas pela revista Veja e a Folha de S. Paulo, parte desse dinheiro foi usado na contabilidade paralela do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, na disputa presidencial de 1998. A planilha com o caixa dois foi montada pelo ex-tesoureiro de campanha Luiz Carlos Bresser Pereira, que confirmou o papel de Matarazzo na arrecadação extraoficial (leia mais).

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