Sabesp quer mais 100 milhões de m³ do volume morto

Além dos 182,5 milhões de metros cúbicos do volume morto do Sistema Cantareira, que já estão sendo utilizados desde maio, agora a Sabesp quer autorização para usar mais 100 milhões de metros cúbicos de água da chamada reserva técnica do sistema; segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), pedido será analisado pelo Grupo Técnico de Assessoramento para Gestão do Sistema Cantareira (GTAG), do qual a ANA faz parte; o volume útil do Sistema Cantareira se esgotou no último dia 12

Foto: Vagner Campos/A2 FOTOGRAFIA
Foto: Vagner Campos/A2 FOTOGRAFIA (Foto: Aquiles Lins)


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Leonardo Goy, da Reuters - A Sabesp pediu ao Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) do Estado de São Paulo autorização para usar mais 100 milhões de metros cúbicos de água da chamada reserva técnica do Sistema Cantareira, conhecida como "volume morto", disse a Agência Nacional de Águas (ANA), nesta segunda-feira, 21.

O volume é adicional aos 182,5 milhões de metros cúbicos do volume morto do sistema, principal conjunto de reservatórios de água da região metropolitana de São Paulo, que já estão sendo utilizados desde 16 de maio.

Segundo a ANA, o pedido foi encaminhado na semana passada ao DAEE, que informou sobre a solicitação aos demais integrantes do Grupo Técnico de Assessoramento para Gestão do Sistema Cantareira (GTAG), do qual a ANA faz parte. Procurada, a Sabesp confirmou o registro do pedido.

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A decisão sobre o uso de mais esse volume da reserva técnica caberá à ANA e ao DAEE, após análise do GTAG em reunião que ainda será marcada, segundo a ANA.

O volume morto é a porção de água que fica empoçada abaixo do nível de captação das comportas das represas e que precisa ser bombeada dos reservatórios para chegar a estações de tratamento.

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O Estado de São Paulo enfrenta em 2014 a pior crise hídrica dos últimos 80 anos. Temperaturas mais altas que a média do início do ano aliadas com chuvas fracas do período não recuperaram as represas para o período do inverno, quando a pluviosidade normalmente é significativamente menor.

O uso da reserva do volume morto foi a solução adotada pelo governo de São Paulo para fazer frente à redução do nível dos reservatórios do Sistema Cantareira sem adotar um regime de racionamento pelo lado da oferta, ou rodízio de água entre bairros, por exemplo, em um ano de disputa eleitoral.

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Em vez disso, a Sabesp optou em fevereiro por um programa de estímulo à redução no consumo pela população que foi ampliado para todas as 31 cidades atendidas pela empresa até o final deste ano. O sistema concede desconto de 30 por cento na conta de água do consumidor que reduzir a média de consumo em 20 por cento. 

Segundo dados da Sabesp, o volume útil do Sistema Cantareira se esgotou no último dia 12. Desde então o conjunto de represas tem operado apenas com o volume morto, exibindo nesta segunda-feira nível de 17 por cento.

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Enquanto isso, o Sistema Alto Tietê, de onde a Sabesp tem transferido água para poupar o Cantareira, mostrava nível de 22,4 por cento ante 23,9 por cento em 12 de julho.

No dia 11 deste mês, a ANA prorrogou até 31 de outubro de 2015 o prazo da outorga do Sistema Cantareira para a Sabesp.

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