Kassab tenta fazer ponte entre Dilma e Skaf
Candidato a senador projeta material de campanha com citações a Dilma Rousseff e Paulo Skaf; mas postulante ao governo de São Paulo refuta qualquer aproximação com o PT, e ainda define como será relacionamento com presidente; ex-prefeito Gilberto Kassab atua para manter diálogo aberto até uma acomodação de interesses; PSD cumpre acordo político com Dilma
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247 – Um pequeno material de campanha – a chamada 'praguinha', de colar na lapela de eleitores – materializou um gesto político de proporções pelo candidato a senador Gilberto Kassab, do PSD em coligação com o PMDB. Em meio a declarações do candidato a governador da aliança, Paulo Skaf, de que a possibilidade é zero de ele ter qualquer tipo de acordo eleitoral com o PT do adversário Alexandre Padilha, o ex-prefeito de São Paulo procura manter aberto o diálogo da campanha, ao menos, com a presidente Dilma Rousseff.
O material de campanha destaca uma letra K estilizada sobre o número do candidato (555). O nome de Dilma aparece do lado esquerdo e o de Skaf, do outro lado, em fonte ligeiramente maior. Chama atenção exatamente pela mensagem política que passa. Kassab trabalha por uma reaproximação de Skaf com Dilma, mas sabe que a missão não é fácil. Com discrição, ele está no circuito de conversas do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, com o vice-presidente Michel Temer, presidente nacional do PMDB, para impedir que, antes mesmo de um acordo, as pontes políticas sejam inteiramente quebradas durante a campanha.
No comitê do candidato a governador pelo PMDB, a disposição é a de abrir espaço para Dilma em momentos especiais do programa de tevê no horário político ou em um ou outro evento público durante a campanha.
Com a contribuição dos ex-ministros Delfim Netto e Adib Jatene, Skaf dedica-se à montagem de seu programa de governo. Ele já definiu que quer a posição de candidato contra 'o que está aí', classificando o governador Geraldo Alckmin e o candidato do PT, Alexandre Padilha, de representantes de uma situação contrária ao crescimento econômico de São Paulo.
Os estrategistas da campanha acreditam que esse discurso, transmitido no maior tempo de televisão entre os candidatos, um minuto maior do que o de Alckmin, irá recuperar os pontos que o candidato perdeu nas últimas pesquisas. A redução de cerca de 22% para a altura dos 17% nas intenções de voto a Skaf é atribuída, internamente, a uma ofensiva publicitária o governo paulista. A projeção é a de que o debate ganhe novo equilíbrio a partir do horário eleitoral eletrônico.
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