Projeto 'Volume Vivo' apresenta crise hídrica em SP

Série de documentários pretende mostrar diversos ângulos da água no estado: como é realizada a distribuição, quais foram os investimentos feitos até aqui e exemplos, já dentro de casa, de como ela pode ser reutilizada; vídeos serão dirigidos pelo cineasta Caio Ferraz, do curta-metragem "Entre rios"

O Governador Geraldo Alckmin aciono o sistema de bombas que dará início à captação de água da reserva técnica do Sistema Cantareira. Com o início da operação dos equipamentos, na represa Jaguari/Jacareí, as águas que estão abaixo do ponto de captação serã
O Governador Geraldo Alckmin aciono o sistema de bombas que dará início à captação de água da reserva técnica do Sistema Cantareira. Com o início da operação dos equipamentos, na represa Jaguari/Jacareí, as águas que estão abaixo do ponto de captação serã (Foto: Gisele Federicce)


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Gisele Federicce, 247 – O estado de São Paulo vive hoje a pior crise hídrica dos últimos 80 anos. Com as notícias sobre o tema na mídia, o medo de que podemos ficar sem água, em um futuro talvez nem tão distante, é acentuado. Mas muitas dúvidas pairam, e uma das principais: como chegamos a essa situação? O que foi (ou não) feito para que o problema se agravasse de tal forma?

Em meio a esse cenário, o projeto Volume Vivo se propõe a esclarecer algumas dessas questões e a apresentar a água por meio de diversos ângulos. Como ela é distribuída para a população, o que foi feito em obras em prol do abastecimento, o desperdício e a má utilização por parte dos moradores e também sua reutilização.

A ideia parte de alguém que trabalha e pesquisa o assunto há cerca de sete anos, o cineasta Caio Silva Ferraz, diretor do curta-metragem "Entre rios". O documentário conta a história da urbanização de São Paulo a partir de seus rios e como eles foram tratados para que a capital se tornasse a megalópole de hoje. Recentemente, ele também foi responsável por um filme sobre a privatização da água na Itália.

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Em entrevista ao 247, Caio adianta que os filmes do Volume Vivo – serão produzidos pequenos vídeos de cerca de seis minutos cada – não mostrarão apenas notícias com previsões negativas em relação à água, mas também o que vem sendo desenvolvido, seja em forma de ideias ou obras de infraestrutura, para contribuir com o uso consciente e com a distribuição do recurso.

"A ideia é mostrar como a água é distribuída, quais são as redes de abastecimento, explicar o que é uma bacia hidrográfica, uma microbacia, que são coisas que as pessoas não sabem", conta o diretor. "Além disso, serão mostradas ações sobre o desperdício, a má utilização da água e também o reuso", acrescenta. Em sua avaliação, a crise é importante para que se repense toda a gestão e o uso da água pela população.

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O primeiro dos vídeos (assista abaixo) começa tratando da reserva técnica que leva um nome contrário ao do projeto – volume morto. A água dessa reserva foi transferida em maio para o Sistema Cantareira, principal reservatório da região metropolitana de São Paulo. "A situação é tão crítica que, mesmo que a chuva caia em profusão, a recuperação do Cantareira será lenta", prevê o narrador. O vídeo também informa que, apesar de não haver racionamento oficial, "muitos paulistanos já sofrem com a falta d´água".

O projeto é independente e a equipe do cineasta, que trabalha em parceria com o jornalista Luiz Miller, responsável principalmente pela pesquisa no processo de produção dos documentários, arrecada fundos por meio de crowdfunding, esquema de financiamento utilizado em projetos de interesse coletivo. As doações podem ser feitas pela internet (acesse aqui).

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