Serra depõe sobre cartel dois dias após a eleição

Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo rechaçou o engavetamento da investigação sobre suposto esquema na CPTM, determinado pelo procurador-geral Márcio Elias Rosa em fevereiro deste ano; procurador Sérgio Neves Coelho afirma que é prematuro o arquivamento do inquérito civil, pois falta a prova testemunhal; Serra alega que durante sua gestão não tomou conhecimento de qualquer cartel montado por empresas de transportes sobre trilhos

Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo rechaçou o engavetamento da investigação sobre suposto esquema na CPTM, determinado pelo procurador-geral Márcio Elias Rosa em fevereiro deste ano; procurador Sérgio Neves Coelho afirma que é prematuro o arquivamento do inquérito civil, pois falta a prova testemunhal; Serra alega que durante sua gestão não tomou conhecimento de qualquer cartel montado por empresas de transportes sobre trilhos
Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo rechaçou o engavetamento da investigação sobre suposto esquema na CPTM, determinado pelo procurador-geral Márcio Elias Rosa em fevereiro deste ano; procurador Sérgio Neves Coelho afirma que é prematuro o arquivamento do inquérito civil, pois falta a prova testemunhal; Serra alega que durante sua gestão não tomou conhecimento de qualquer cartel montado por empresas de transportes sobre trilhos (Foto: Realle Palazzo-Martini)


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247 - Dois dias após as eleições, o atual candidato ao Senado por São Paulo José Serra (PSDB) tem encontro marcado com a Justiça. O ex-governador paulista está intimado a prestar depoimento sobre sua suposta participação no cartel de trens que desviou bilhões de reais dos cofres públicos do Estado entre 1988 e 2008.

O inquérito civil que apura o esquema foi arquivado há um mês, mas na última semana o procurador do Ministério Público Sérgio Neves Coelho ordenou que o processo fosse desengavetado. “Uma vez não esgotadas as diligências para apuração dos fatos, visto que pende colheita de prova testemunhal por parte da Polícia Federal, torna-se prematura a homologação de arquivamento”, disse Neves Coelho à revista Istoé, já disponível na versão online.

Para o procurador, Serra e outras 44 pessoas precisam ser ouvidas, já que ainda pairam duvidas se ele atuou a favor de empresas multinacionais que participaram do esquema. As suspeitas são baseadas em troca de e-mails e no testemunho do ex-diretor da Siemens Nelson Branco Marchetti, segundo documentos em poder da Justiça e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

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Marchetti é um dos seis lenientes que assinaram o acordo com o Cade. Ele afirmou ter se reunido com Serra em 2008 durante uma feira na Holanda e que o ex-governador teria lhe dito à época que, caso a Siemens conseguisse na Justiça desclassificar a empresa espanhola CAF em uma licitação de compra de trens, ele cancelaria a concorrência, pois o preço da multinacional alemã era 15% maior.

A reabertura do processo segue determinação do Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo, que rechaçou o arquivamento determinado pelo procurador-geral de São Paulo, Márcio Elias Rosa, em fevereiro deste ano.

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Serra alega que durante sua gestão não tomou conhecimento de qualquer cartel montado por empresas de transportes sobre trilhos. Muito menos que teria incentivado o conluio, pois sempre atuava, segundo ele, a favor do menor preço.

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