Travesti nega agressão da polícia para reduzir pena

Em depoimento a promotores do Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial, que investiga a atividade policial, Verônica Bolina confirma que mentiu após receber proposta de benefício penal; acusada de tentativa de homicídio contra uma vizinha, Bolina que ficou com o rosto desfigurado após ser espancada na carceragem do 2º Distrito Policial, no Bom Retiro, em São Paulo; Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados vai investigar episódio

Em depoimento a promotores do Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial, que investiga a atividade policial, Verônica Bolina confirma que mentiu após receber proposta de benefício penal; acusada de tentativa de homicídio contra uma vizinha, Bolina que ficou com o rosto desfigurado após ser espancada na carceragem do 2º Distrito Policial, no Bom Retiro, em São Paulo; Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados vai investigar episódio
Em depoimento a promotores do Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial, que investiga a atividade policial, Verônica Bolina confirma que mentiu após receber proposta de benefício penal; acusada de tentativa de homicídio contra uma vizinha, Bolina que ficou com o rosto desfigurado após ser espancada na carceragem do 2º Distrito Policial, no Bom Retiro, em São Paulo; Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados vai investigar episódio (Foto: Realle Palazzo-Martini)


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247 - A travesti Verônica Bolina, 25, que ficou com o rosto desfigurado após ser espancada na carceragem do 2º Distrito Policial, no Bom Retiro, em São Paulo, disse ao Ministério Público que mentiu ao negar ter sido vítima de tortura e agressões de policiais em troca da redução de pena. O depoimento foi dado a promotores do Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial (Gecep), que investiga a atividade policial.

Em entrevista gravada pela coordenadora de Políticas para a Diversidade Sexual do Estado de São Paulo, Heloísa Alves, a jovem afirma que estava "possuída" e que não foi torturada pelos policiais: "Todo mundo está achando que eu fui torturada pela polícia, mas eu não fui. Eu simplesmente agi de uma maneira que achava que estava possuída, agredi os policiais. Eles só agiram com o trabalho deles."

A Corregedoria da Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso depois que a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados cobrou do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB)  informações sobre as agressões praticadas por policiais contra Verônica. O caso aconteceu no domingo passado, dia 12.

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O presidente da CDH, Paulo Pimenta (PT-RS), disse que a comissão pretende acompanhar a apuração sobre os crimes de tortura, agressão, racismo e homofobia supostamente praticados por policiais contra Verônica, cujo nome civil é Charleston Alves Francisco.

O regimento interno da Câmara determina à comissão investigar denúncias de ameaça ou violação de direitos humanos. Verônica foi presa na sexta-feira, 10, por suspeita de tentar assassinar uma vizinha. No domingo, 12, a travesti teria se envolvido em uma briga com outros presos e foi acusada de arrancar, a dentadas, a orelha de um carcereiro. "Nenhum ato que tenha sido praticado pela vítima, em legítima defesa ou não, tem o condão de justificar tamanha violência policial", diz o parlamentar no ofício. 

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