Alckmin ganha mais influência na direção do PSDB

Pelo acordo acertado, o senador Aécio Neves deve ser reconduzido por mais um mandato no comando da sigla, que vai até 2017; em contrapartida, o governador Geraldo Alckmin, que já se apresenta como candidato à Presidência em 2018, pede que seus aliados ocupem cargos estratégicos, como a secretaria-geral, vice-presidência e tesouraria

Pelo acordo acertado, o senador Aécio Neves deve ser reconduzido por mais um mandato no comando da sigla, que vai até 2017; em contrapartida, o governador Geraldo Alckmin, que já se apresenta como candidato à Presidência em 2018, pede que seus aliados ocupem cargos estratégicos, como a secretaria-geral, vice-presidência e tesouraria
Pelo acordo acertado, o senador Aécio Neves deve ser reconduzido por mais um mandato no comando da sigla, que vai até 2017; em contrapartida, o governador Geraldo Alckmin, que já se apresenta como candidato à Presidência em 2018, pede que seus aliados ocupem cargos estratégicos, como a secretaria-geral, vice-presidência e tesouraria (Foto: Roberta Namour)


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247 – De olho nas eleições presidenciais de 2018, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, acertou com o senador Aécio Neves mais espaço na direção do PSDB.

Pelo acordo, Aécio, que também sonha em se lançar novamente à Presidência, deve ser reconduzido por mais um mandato no comando da sigla, que vai até 2017. Em contrapartida, Alckmin pede que seus aliados ocupem cargos estratégicos, como a secretaria-geral, vice-presidência e tesouraria.

“São Paulo precisa ter uma participação no diretório condizente com a votação que PSDB, e o próprio Aécio, receberam no Estado”, diz Felipe Sigollo, integrante da executiva paulista do partido.

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Leia o posto do jornal do GGN sobre o assunto

Reeleito em primeiro turno com 57% dos votos válidos para o quarto mandato como governador de São Paulo, Geraldo Alckmin teria acertado com o correligionário Aécio Neves - candidato derrotado à Presidência em 2014 - que seu grupo tenha mais espaço na próxima executiva nacional do PSDB.

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Segundo informações do Painel da Folha desta segunda-feira (18), “alckmistas acham que o paulista foi o principal vitorioso tucano em 2014 e não pode ser subrepresentado.” Logo, Aécio teria de recuar um pouco seu domínio sobre o partido, embora a expectativa seja de que ele mantenha o cargo de presidente.

O acordo teria como princípio a indicação do novo secretário-geral por Alckmin. Hoje, o posto - segundo mais importante na hierarquia do PSDB - é do deputado federal Antônio Carlos Mendes Thame (SP).

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Mendes Thame foi secretário estadual dos Recursos Hídricos, Saneamento e Obras em São Paulo entre 1999 a 2002 (governos Mário Covas e Alckmin). Chegou à secretaria-geral do PSDB - cargo tradicionalmente ocupado por um deputado federal - com aval de Aécio, em maio de 2013.

À época, o ex-governador mineiro precisava “escolher a dedo” um nome de bom trânsito entre os aliados de Alckmin e do senador José Serra (SP) para a secretaria-geral. A missão de Mendes Thame era a de ajudar Aécio a unificar o PSDB e a abrir caminho para que ele disputasse o Planalto no ano passado.

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Em 2013, os nomes dos tucanos paulistas Vaz de Lima e Vanderlei Macris também entraram na bolsa de apostas para a secretaria-geral. O mais cotado, entretanto, era o então deputado federal Emanuel Fernandes, ex-secretário de Planejamento e aliado de Alckmin.

Mas Fernandes respondia a um processo no Supremo Tribunal Federal por fraude em licitação de vale-refeição da época em que era prefeito de São José dos Campos. Ele pediu, então, para não ser conduzido à Executiva do PSDB e para ficar de fora da disputa eleitoral de 2014. Se ocupou de coordenar o programa de governo para a reeleição de Alckmin. Em maio passado, foi absolvido pelo STF.

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Agora, Fernandes tem caminho livre, mas a indicação desse ano deve ser o ex-secretário de Habitação de Alckmin, deputado federal Silvio Torres.

Outro nome que desde 2013 espera para ser contemplado na Executiva nacional é o do vereador Andrea Matarazzo, ligado ao grupo de Serra. Ele tentou concorrer à presidência da Executiva estadual do PSDB, mas retirou a candidatura alegando que o grupo de Alckmin apresentava resistências e usava a máquina para derrotá-lo na corrida pela vereança.

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Segundo a Folha, o avanço de Alckmin na Executiva nacional é mais um indício de que Aécio - que angariou 51 milhões de votos contra Dilma Rousseff (PT) - terá de disputar com o governador paulista a cabeça de chapa do PSDB para a eleição presidencial de 2018.

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