Alunos protestam contra fechamento de escolas

Protesto de alunos da rede estadual de ensino de São Paulo na Avenida Paulista acabou com uma pessoa presa; estudantes são contra a proposta de reforma do governo Alckmin que prevê que os colégios tenham aulas divididas por apenas um ciclo de ensino; mudanças devem alcançar cerca de mil colégios estaduais e afetar 1 milhão de alunos; mais de 400 escolas podem fechar suas portas em todo o Estado

Protesto de alunos da rede estadual de ensino de São Paulo na Avenida Paulista acabou com uma pessoa presa; estudantes são contra a proposta de reforma do governo Alckmin que prevê que os colégios tenham aulas divididas por apenas um ciclo de ensino; mudanças devem alcançar cerca de mil colégios estaduais e afetar 1 milhão de alunos; mais de 400 escolas podem fechar suas portas em todo o Estado
Protesto de alunos da rede estadual de ensino de São Paulo na Avenida Paulista acabou com uma pessoa presa; estudantes são contra a proposta de reforma do governo Alckmin que prevê que os colégios tenham aulas divididas por apenas um ciclo de ensino; mudanças devem alcançar cerca de mil colégios estaduais e afetar 1 milhão de alunos; mais de 400 escolas podem fechar suas portas em todo o Estado (Foto: Paulo Emílio)


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SP 247 - Uma manifestação de estudantes da rede estadual de ensino de São Paulo bloqueou o trânsito na Avenida Paulista na manhã desta sexta-feira (09), no centro da capital. O protesto contra a proposta de reforma na rede de ensino estadual, que prevê que os colégios tenham aulas divididas por apenas um ciclo, resultou em uma pessoa presa.

No meio da manhã, o congestionamento resultante do protesto chegou a cerca de 1,5 quilômetros, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Além do protesto na capital, professores ligados ao Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) também realizaram uma manifestação contra a proposta na Rodovia Régis Bittencourt, em Taboão da Serra, na região metropolitana de São Paulo. O protesto resultou em um congestionamento com cerca de dois quilômetros de extensão.

A medida, segundo a Secretaria de Educação, visa melhorar a distribuição dos estudantes nos centros de ensino dividindo as escolas por ciclos. Desta forma, cada colégio atenderia apenas um dos três ciclos de ensino, sendo o primeiro com estudantes do 1º ao 5º ano do ensino fundamental; o segundo, com alunos do 6º ao 9º ano do fundamental; e o terceiro, que abraçaria os últimos três anos do ensino médio.

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Segundo a Secretaria de Educação, as mudanças devem alcançar cerca de mil colégios estaduais e aproximadamente 1 milhão de alunos. Por conta da reestruturação, mais de 400 escolas podem fechar suas portas em todo o Estado.

Mais informações na reportagem da Agência Brasil:

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Protesto de estudantes dura três horas e meia e acaba com um preso em SP

Flávia Albuquerque - Após quase três horas e meia de protesto e cinco quilômetros percorridos, terminou por volta das 11h30 a manifestação de estudantes contra a decisão do governo estadual, que dividiu os colégios estaduais por ciclos de ensino, obrigando os alunos a mudar de escola a partir do ano que vem. O ato começou às 8h, na região da Rua Augusta, e 20 minutos depois os alunos interditaram uma faixa da Avenida Paulista.

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No fim da manifestação, os alunos estavam em frente à Secretaria Estadual de Educação. Segundo a Polícia Militar, uma pessoa foi presa durante o protesto.

A decisão do governo foi apresentada às diretorias de Ensino no dia 22. O objetivo é que as unidades ofereçam classes só de um dos três ciclos do ensino básico (anos iniciais – do 1º ao 5º e finais – do 6º ao 9º), do ensino fundamental e médio. A ideia é que os alunos estudem a, no máximo, 1,5 quilômetro da unidade em que estão matriculados.

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De acordo com a diretora executiva da União Municipal dos Estudantes Secundaristas (Umes), Natália Duarte Santo Prete, a manifestação é em defesa dos estudantes e da educação. "A realidade é que há 50 alunos em cada sala de aula e querem colocar mais 20 com o fechamento de várias escolas. Sem contar que muitos estudarão longe de suas casas e outros, antes de chegar à sala de aula, terão de levar o irmão em outra escola. Além disso, muitos professores e funcionários devem ficar desempregados."

Vicente Ribeiro Loiola Neto, 16 anos, está no segundo ano, mas terá de mudar de escola, que fica a quase 10 quilômetros da atual. "Vou para a escola de bicicleta e levo cinco minutos para chegar. Com a transferência, não poderei mais ir assim, porque lá é perigoso e tem assalto até durante o dia. Vai alterar minha rotina e trabalho, porque, se não tiver vaga de manhã, terei de estudar no horário de trabalho."

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Henrique Hideky Oshiro tem 15 anos. No ano que vem ele cursará o segundo ano, mas não poderá permanecer na atual unidade, na Vila Formosa. "Apesar de sabermos que vamos para uma escola próxima, a qualidade de ensino deve cair, porque já temos 45 alunos em sala e deve aumentar para 60. Hoje, somos a segunda melhor escola. Para onde vamos, é considerada uma das piores".

Gabriela Baio Reis é aluna do último ano e estuda na zona Sul, em uma escola que será fechada. "Muitos amigos meus serão prejudicados, porque serão transferidos para Heliópolis, que é muito longe e com um percurso perigoso."

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A Secretaria Estadual de Educação foi procurada, mas não se manifestou até a publicação da matéria.

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