Depois das bombas, Alckmin recorre ao papa
Em coletiva de imprensa em que anunciou o adiamento da chamada reorganização escolar, que previa o fechamento de 93 escolas, o governador de São Paulo citou frase do papa Francisco em defesa do diálogo: "Sempre que perguntado entre a indiferença egoísta e o protesto violento, há sempre uma opção possível: o diálogo"; depois de autorizar a força da Polícia Militar contra os estudantes, que foram agredidos e presos, Alckmin prometeu: "Vamos dialogar escola por escola"; o ano de 2016, que seria o da implementação da reforma, será agora "o ano de aprofundarmos esse diálogo, não haverá nenhuma mudança"; apesar de ter falado em "diálogo", o tucano deixou a coletiva sem abrir para perguntas
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SP 247 – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), adiou para 2017 a chamada reorganização escolar da rede estadual de ensino, que previa o fechamento de 93 unidades. O ano de 2016, que seria o da implementação, será agora o de "aprofundamento do diálogo", anunciou. "Esse ano não haverá nenhuma mudança", disse o tucano, em referência ao próximo ano.
Segundo ele, o objetivo agora é "rediscutir" a reforma "escola por escola, com os alunos e os pais dos alunos". Contra o protesto, estudantes ocuparam mais de 200 escolas no Estado de São Paulo. "Devemos aprofunda o diálogo. Diálogo que já estamos fazendo há meses", disse o governador.
Alckmin enalteceu diversas ações de seu governo para a Educação, como o fato de São Paulo ser o único estado a investir 30% nessa área. E disse que sua equipe "acredita" na reorganização escolar – uma proposta que irá, por exemplo, ajudar o ensino infantil, segundo ele.
Ao final da coletiva, o governador recorreu a uma frase do papa Francisco para defender o diálogo: "Sempre que perguntado entre a indiferença egoísta e o protesto violento, há sempre uma opção possível: o diálogo". E apesar de defender por diversas vezes o "diálogo", Alckmin deixou a entrevista sem abrir para perguntas.
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