Turma de Matarazzo sugere compra de votos por Doria
A disputa interna do PSDB para a escolha do candidato do partido em São Paulo pode terminar em baixaria; nesta terça-feira, o site Antagonista, próximo ao vereador Andrea Matarazzo, publica que João Doria e o governador Geraldo Alckmin estariam patrocinando um esquema de compra de votos de delegados que votarão nas prévias tucanas; segundo o site, Alckmin e Doria "estão usando milhões de sólidos argumentos para tentar vencer a prévia do PSDB"; disputa municipal influi no quadro presidencial de 2018; ao vetar Matarazzo, Alckmin tenta impedir que seu rival José Serra consiga construir uma candidatura presidencial
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
SP 247 – Um site na internet próximo ao vereador Andrea Matarazzo, pré-candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, insinua que o governador Geraldo Alckmin e seu candidato João Doria Júnior estariam comprando os votos dos delegados que participarão das prévias do PSDB.
"O Antagonista foi informado de que Geraldo Alckmin e João Doria Jr. estão usando milhões de sólidos argumentos para tentar vencer a prévia do PSDB que escolherá o candidato do partido a prefeito de São Paulo, no próximo dia 28. O PSDB não existe em São Paulo porque Geraldo Alckmin é muito persuasivo", diz nota publicada nesta terça-feira.
A disputa municipal em São Paulo tem relação direta com a sucessão presidencial. Matarazzo, em tese, deveria ser o candidato natural do PSDB. No entanto, Alckmin decidiu lançar Doria não apenas para sabotá-lo, mas, sobretudo, para atrapalhar os planos do senador José Serra (PSDB-SP), que ainda sonha com a presidência da República e poderia se fortalecer caso conseguisse emplacar um aliado na prefeitura de São Paulo.
Para Alckmin, no entanto, parece ser melhor perder com Doria, um candidato aparentemente inviável, do que tentar vencer com Matarazzo. Além disso, Alckmin dialoga bem com o prefeito Fernando Haddad, do PT, e um de seus principais aliados, o secretário Gabriel Chalita, poderá ser vice na chapa do petista. Ter Chalita na prefeitura, caso um Haddad reeleito decida concorrer ao governo estadual em 2018, é uma ideia que não desagrada o governador.
Serra, por sua vez, tem-se aproximado de Marta Suplicy, do PMDB. Caso não consiga emplacar Matarazzo como candidato, ele deverá apoiar a senadora ainda no primeiro turno – mesmo que Doria vença as prévias tucanas. "Nem sabia que Doria era filiado ao PSDB", disse Serra recentemente.
Como ainda faltam seis meses para as eleições e já há acusações de compras de votos, pode-se presumir que o PSDB irá rachar antes da disputa. Bom para os três principais candidatos: Celso Russomano, do PRB, Marta Suplicy, do PMDB, e Fernando Haddad, do PT.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247