Doria determina “lei do silêncio” sobre 2018

O prefeito de São Paulo, João Doria, já teme ser vítima do famoso “fogo amigo” tucano; como consequência, ele orientou assessores diretos a evitar comentários e análises em público e em privado sobre a possibilidade de ele ser candidato a presidente ou a governador do Estado em 2018; na semana passada, em entrevistas publicadas pelo Estado e pelo jornal O Globo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criticou Doria; “Gestor não inspira nada. Tem de ser líder”; apresentar-se como um “gestor” da iniciativa privada foi um fator decisivo na campanha eleitoral pela Prefeitura de São Paulo

Prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB)
Prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB) (Foto: Giuliana Miranda)


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247 - O prefeito de São Paulo, João Doria, já teme ser vítima do famoso “fogo amigo” tucano. Como consequência, Doria orientou assessores diretos a evitar comentários e análises em público e em privado sobre a possibilidade de ele ser candidato a presidente ou a governador do Estado em 2018. O primeiro efeito foi sentido na semana passada, em entrevistas publicadas pelo Estado e pelo jornal O Globo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criticou Doria. “Gestor não inspira nada. Tem de ser líder.” Apresentar-se como um “gestor” da iniciativa privada foi um fator decisivo na campanha eleitoral pela Prefeitura de São Paulo.

As informações são de reportagem de Alberto Bombig e Pedro Venceslau no Estado de S.Paulo

"Faíscas de fogo amigo surgem nos grupos do senador José Serra e do governador Geraldo Alckmin, que, nos bastidores, começam a ensaiar as primeiras críticas à gestão Doria na Prefeitura. Outra chamuscada foi dada pelos partidos aliados de Alckmin em São Paulo. O secretário-geral do PTB, deputado estadual Campos Machado, e Roberto Jefferson, presidente nacional da legenda, afirmaram que o PTB 'apoia Alckmin, e não o PSDB' à Presidência em 2018. Para ficar mais claro, disseram que Doria não teria o apoio deles em uma candidatura. Setores do PHS e do PV foram na mesma linha.

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Por causa disso, o prefeito avalia que suas chances de concorrer ao Planalto diminuem conforme aumentam as especulações em torno de sua eventual candidatura.

Segundo um de seus auxiliares, o prefeito entende que administrar São Paulo e obter sucesso na empreitada é, hoje, seu maior capital político. Até porque, como ficou claro, Doria não terá apoio dos três principais líderes do PSDB em São Paulo caso queira se lançar, agora, no cenário eleitoral.

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FHC, Serra e Alckmin não estão interessados em tê-lo como pré-candidato ao Planalto neste momento, já que os dois últimos também cogitam concorrer a presidente. Quanto ao governo, ainda não há consenso. Serra é mais refratário à ideia, enquanto Alckmin se mostra menos resistente a cada dia.

Presidente nacional do PSDB, o senador Aécio Neves (MG) não fechou posição sobre o tema. Como disse um de seus aliados, Aécio não gosta da ideia porque ainda se coloca como candidato ao Planalto em 2018, mas também não desgosta porque é interessante para ele ver Doria agitando os bastidores do PSDB paulista." 

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