"Se Serra tem rejeição, põe isso na conta do Kassab"

Líder da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo se exime de culpa e diz que polêmica sobre o 'kit-gay' do Ministério da Educação não foi o motivo da queda de Serra nas pesquisas de intenção de voto: "O pessoal da campanha do Serra quer arrumar bode expiatório"

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"Se Serra tem rejeição, põe isso na conta do Kassab"


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247 - Ao contrário do que se comenta, a queda de José Serra (PSDB) nas pesquisas de intenção de voto em São Paulo não se deve à polêmica sobre o kit anti-homofobia do Ministério da Educação, protagonizada pelo pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo. Quem diz é o próprio Malafaia, que prefere culpar a baixa aprovação do prefeito Gilberto Kassab (PSD) pelo mau desempenho de Serra. "O pessoal da campanha do Serra quer arrumar bode expiatório. Por que só falaram disso agora e não falaram no primeiro turno que meu apoio atrapalharia?", disse o pasto ao jornal Valor Econômico, em matéria publicada nesta terça-feira.

"Se Serra tem rejeição, põe isso na conta do Kassab", analisou o pastor. "É ridículo achar que o 'kit gay' aumentou a rejeição dele", acrescentou. "São os oito anos de Kassab que pesam contra Serra. É o fato de ele ter renunciado. Nessa eleição, o que se mostrou é que quando o eleitor não gosta do prefeito, ele troca", disse.

Malafaia aderiu à campanha de Serra no fim do primeiro turno, quando se temia que o tucano não passaria à próxima fase. "Liguei para (um dos coordenadores da campanha, Walter) Feldman no domingo anterior à eleição e disse: 'seu candidato está com sorte. Vou declarar apoio e dar uma força'. Tava todo mundo com medo de o Serra não ir para o segundo turno'", lembrou Malafaia, destacando que seu apoio foi celebrado.

Foi Malafaia que colocou o kit anti-homofobia no centro do debate, com um vídeo de oito minutos criticando o petista Fernando Haddad. O pastor destaca que um dia depois do primeiro turno, Serra lhe ligou para agradecer o apoio e o empenho na campanha. No dia seguinte, Malafaia se reuniu em São Paulo com o tucano para discutir o segundo turno. Dias depois, novo vídeo, com mais ataques ao petista e ao "ensino do homossexualismo", com o "kit gay".

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Força

Malafaia disse ao Valor Econômico que tem "certa influência" nas eleições, ressalvando: "Mas não sou o dono da cocada". Dos 18 candidatos a vereador que apoiou em todo o país, ele diz ter "eleito" 16, a maioria no Rio de Janeiro. Dos 25 candidatos a prefeito que apoiou, 18 venceram e três estão no segundo turno, nas suas contas. Entre os vencedores estão José Fortunati (PDT), em Porto Alegre, e Eduardo Paes (PMDB), no Rio de Janeiro. "Quer dizer que em Porto Alegre, com o Fortunati, eu ajudei e em São Paulo, com o mesmo discurso, eu prejudiquei?", questiona.

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No segundo turno, Malafaia apoia sete candidatos. Entre eles, Ratinho Junior (PSC), em Curitiba. "Se eu quisesse, apoiaria mais de 300 candidatos a prefeito. Alguns vêm dizendo: quanto é que é? Coisa de maluco", disse.

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