Por que não aceita ajuda federal, governador?

Só em outubro, foram registrados 149 homicídios em São Paulo, o dobro na comparação com o mesmo perído do ano anterior. Nesta semana, uma mãe enterrou em Diadema o filho de 1 ano e 8 meses vítima de bandidos em fuga. Num Estado em que os policiais viraram alvo, por que Geraldo Alckmin resiste em aceitar auxílio de forças federais?

Por que não aceita ajuda federal, governador?
Por que não aceita ajuda federal, governador? (Foto: Edição 247)


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SP247 - Morreu nos braços da mãe, na noite da última quinta-feira, em São Bernardo do Campo, um bebê de 1 ano e 8 meses, vítima de criminosos em fuga. Pedro Henrique Patrocínio Manga foi enterrado em Diadema nesta sexta-feira. É uma notícia dura de se dar. Uma tragédia para aquela mãe, para sua família, e também para todos os paulistas e brasileiros. Mas, enquanto a população teme o aumento de assassinatos (só em outubro foram 149 no Estado, o dobro na comparação com o mesmo período do ano passado), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, por mera teimosia ou rixa político-partidária, não aceita ajuda, já oferecida pelo governo federal.

Alckmin diz que a polícia pauista dá conta "do serviço". A pergunta que não quer calar: quantos homens, mulheres, jovens e crianças ainda terão que morrer em São Paulo, governador? Por que não aceitar a presença nas ruas da Força Nacional de Segurança Pública e do Exército brasileiro?

Nessas horas o cidadão paulista não pode ficar à mercê do partido A, B ou C. Num momento difícil como este, é preciso deixar as questões e conveniências partidárias de lado e tomar medidas que protejam e tranquilizem o cidadão - medidas dignas de um homem público de verdade.

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"Facinha"

Já passou da hora de agir com a energia e força de que só o Estado dispõe, pois a onda de violência chegou a Santa Catarina e pode se espalhar ainda mais se não for exemplarmente coibida. O pedido vem sendo feito inclusive por policiais de São Paulo. Uma delegada de Sorocaba estampou um adesivo em seu carro com os dizeres: "Vem PCC, tô facinha pra você! Se o secretário de Segurança não tá nem aí, eu me preocupo. Poupe pais, mães de família e o coitado do povo inocente"..

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O caso do adesivo foi parar na Corregedoria da Polícia Civil, que vai analisar o ato, considerado uma atitude "isolada e inadequada" pelo delegado seccional André Moron. A delegada, que vem pedindo para ter o nome preservado, já retirou o adesivo, mas disse ao jornal Bom Dia que tomou a atitude depois que Alckmin disse não ter planos de trocar o comando da Segurança Pública mesmo com a crise no setor.

"A cegueira nas atitudes do secretário perante os atos criminosos é inadmissível. Negar a onda de violência é o mesmo que dizer que Papai Noel existe. Não me conformo com esse caos", desabafou a delegada, que conta 23 anos de serviço. O alerta, se é que era necessários após tantas mortes, está dado. Que tal aceitar ajuda, governador?

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