A volta ao mundo de Kátia com dinheiro público
Senadora Kátia Abreu (PMDB/TO) recebeu um petardo neste fim de semana da revista Época; ela foi acusada de rodar o mundo ao lado do namorado, Moisés Pinto, funcionário do seu gabinete no Senado com recursos públicos; juntos, eles foram a destinos como Pequim, Frankfurt, Washington, Lima e Bruxelas; senadora também foi acusada de usar recursos da Confederação Nacional da Agricultura, alimentados pelo Sistema S, em proveito próprio e será julgada pelo TSE
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Tocantins 247 - A senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) recebeu, neste fim de semana, um petardo da revista Época. Foi acusada de fazer um tour romântico pelo mundo, ao lado do namorado Moisés Pinto, que é funcionário de seu gabinete no Senado. Na mesma reportagem, Kátia é acusada de usar recursos da Confederação Nacional da Agricultura, alimentados pelo Sistema S, em proveito próprio. Prestes a ser julgada pelo Tribunal Superior Eleitoral, a senadora pode ser punida por abuso de poder econômico. Leia, abaixo, o resumo da denúncia de Época feita pelo blog de Cleber Toledo:
'Época' diz que Kátia Abreu levou namorado a 9 países e servidor público ficou um total de 3 meses fora do local de trabalho
O servidor público e namorado da senadora tocantinense passou a assessorá-la no Senado a partir de 2011. Ainda conforme Época, nos últimos anos, Moisés também exerceu o posto de presidente do instituto CNA, da Confederação Nacional da Agricultura, presidida pela senadora entre 2008 e abril deste ano, quando se afastou para buscar a reeleição no Senado. O instituto, de acordo com a revista, é responsável por pesquisas e estudos de agronegócios.
REGIME ESPECIAL DE FREQUÊNCIA
Época informou que procurou por Moisés, mas o servidor público não quis prestar esclarecimentos. A CNA, disse a revista, também não se manifestou. Já a assessoria de Kátia disse ao impresso que Moisés acompanhou a senadora em diversas atividades externas e, por isso, esteve submetido a "regime especial de frequência". "Todas as viagens foram realizadas sem ônus para o Senado, e os pedidos de afastamento foram formalizados em estrito acordo com as regras estabelecidas pela Mesa Diretora", disse o gabinete de Kátia à Época.
Ainda conforme nota da assessoria da senadora para a revista, "as atividades exigidas do servidor enquanto no exerício de suas funções no Senado foram plenamente desenvolvidas, com denodo e competência, sendo total sua dedicação e disponibilidade para as tarefas que lhe foram cometidas".
A assessoria da parlamentar também destacou que, "desse modo, é possível atestar que qualquer atividade que o servidor tenha desenvolvido em paralelo a sua cessão ao Senado em nada interferiu ou prejudicou suas tarefas junto ao gabinete".
E a revista "interpretou" o significado da nota: "A assessoria de Kátia quis dizer que ele trabalhou normalmente", afirma a reportagem.
SUSPEITAS ANTIGAS DE PROVEITO PRÓPRIO
Na reportagem, Época afirma que "são antigas as suspeitas de que Kátia usa o dinheiro da CNA em proveito próprio". Conforme a revista, primeiro ela foi acusada de usar a confederação, da qual era diretora em 2006, para bancar sua campanha ao Senado. Nas eleições de 2010, lembrou o impresso, nova acusação: desta vez, a Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) se manifestou favorável à cassação do mandato do deputado Irajá Abreu (PSD), filho da senadora, por receber recursos supostamente ilegais por meio da CNA para a sua campanha.
O parecer da PGE diz que Kátia, então presidente da CNA, "enviou boletos de cobrança sem registro, no valor de R$ 100 cada um, para mais de 600 mil produtores rurais de todo o País, solicitando seu pagamento como forma de doação a campanhas eleitorais de candidatos afins ao setor agropecuário".
Conforme Época, mais de R$ 700 mil foram arrecadados, e o caso tramita desde o ano passado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
SORRISO COLGATE
Em março deste ano, a senadora foi alvo de outra matéria negativa de repercussão nacional. Esta foi resultado de um levantamento feito pelo jornal O Estado de S.Paulo dos senadores, ex-senadores e seus dependentes que utilizam o plano de Saúde do Senado para fazer despesas que incluem implantação de próteses dentárias com ouro e até sessões de fonoaudiologia para melhorar a oratória e driblar a timidez. Ressaltou o impresso paulista: tudo a custo zero, totalmente pago pelo contribuinte. Conforme a reportagem do jornal, que cita vários parlamentares, Kátia gastou R$ 45.350 com tratamento dentários em 2010 e 2013.
De acordo com o levantamento, o gasto de Kátia foi o terceiro maior valor - ela só perdeu para Pedro Simon (PMDB-RS), que torrou R$ 62.793 dos contruintes para cuidar dos dentes, e para Fernando Collor (PTB-AL) e sua mulher, que deixaram os sorrisos mais bonitos por R$ 71 mil dos cidadãos brasileiros.
Para se defender, a senadora enviou nota à imprensa afirmando que os reembolsos legais de R$ 45.350, referentes a despesas que teve com atendimento odontológico, estão previstos dentro do Plano de Saúde do Senado Federal. Kátia ainda disse que fez uso de "apenas 45% do valor legal previsto", que é de R$ 25.998,96. Segundo a parlamentar, ela utilizou os recursos nos exercícios de 2010/2011/2012 e 2013.
A senadora explicou que o reembolsos são estabelecidos "legalmente no que determina o Ato da Comissão Diretora nº 09/1.995, do Senado Federal, alterado pelo Ato da Comissão Diretora nº 13/2012, que dispõe sobre a assistência à saúde prestada aos senadores e seus dependentes e aos ex-senadores e seus cônjuges, incluindo nos serviços contemplados a assistência odontológica".
- Clique aqui para ler a reportagem completa da revista Época desta semana.
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