Francisco Sales deixa presidência do Igeprev
Francisco Sales Barbosa saiu da presidência do Igeprev; exoneração a pedido foi publicada no Diário Oficial do Estado dessa quinta-feira, 16; Sales estava no cargo desde dezembro de 2013; secretário de Administração, Lúcio Mascarenhas, foi designado pelo governador Sandoval Cardoso (SD) para assumir a presidência; alvo de investigação de CPI na Assembleia, o Igeprev possui aplicações irregulares em nove fundos privados que somam quase R$ 853 milhões; Ministério da Previdência confirma perdas de mais de R$ 140 milhões
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Tocantins 247 - O presidente do Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Tocantins (Igeprev), Francisco Sales Barbosa, deixou o cargo. A exoneração a pedido foi publicada no Diário Oficial do Estado dessa quinta-feira, 16. Sales foi nomeado em dezembro de 2013 pelo então governador Siqueira Campos (PSDB). O DOE traz a designação de Lúcio Mascarenhas para ocupar a presidência do Igeprev, acumulando o cargo de secretário de Administração.
O instituto garantidor das aposentadorias dos servidores públicos tem sido alvo de manchetes na imprensa sobre aplicações em fundos que faliram e resultaram em prejuízo de centenas de milhões. Segundo o Demonstrativo das Aplicações e Investimentos dos Recursos do Igeprev mostra que o órgão garantidor das aposentadorias dos servidores públicos possui aplicações irregulares que somam R$ 852.983.636,48. aplicados de forma irregular.
Pela lei, o Igeprev deveria aplicar até 25% do patrimônio líquido de cada fundo, mas em alguns casos esse percentual chegou a 100%, ou seja, o único investidor. Segundo o Ministério da Previdência, o Igeprev já perdeu mais de R$ 140 milhões nas seguintes empresas: Fundo de Investimento Renda Fixa Elo, Advinvest Top Fundo de Renda Fixa, Vitória Régia Fundo de Renda Fixa, Fundo de Investimento Diferencial, Fundo Roma Previdenciário e Patriarca Equity.
Em maio, a revista Veja divulgou que o Igeprev investiu R$ 12 milhões, entre 2012 e 2013, na agência de viagens Marsans Brasil, no período sob controle do doleiro Alberto Youssef. Desde março, Youssef passou a ser conhecido também como um dos pivôs do esquema de lavagem de R$ 10 bilhões, investigado pela Polícia Federal na operação Lava-Jato. Ele cumpre acordo de delação premiada com a Justiça.
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