Setor de carnes perde 10 anos com ação da PF, diz Kátia Abreu

Ex-ministra da Agricultura do governo Dilma Rousseff, a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) defendeu nesta terça-feira, 21, da tribuna do Senado, o setor de carnes brasileiro e criticou de forma dura a Operação Carne Fraca, da Polícia Federal; “Praticaram crime de lesa-pátria. Essa ação da Polícia Federal pode nos dar um atraso de quase dez anos na nossa vida, na nossa história, por vaidade, por arrogância, por abuso de autoridade”, afirmou Kátia; o setor, de acordo com a senadora, poderá ter perda de cerca de US$ 5 bilhões, caso as restrições internacionais à carne brasileira sejam mantidas; congressista do PMDB pediu responsabilidade à PF e lembrou que a pecuária brasileira representa 21% do agronegócio nacional e gera 7 milhões de empregos diretos

Plenário do Senado durante sessão deliberativa ordinária. Em discurso, senadora Kátia Abreu (PMDB-TO). Foto: Jane de Araújo/Agência Senado
Plenário do Senado durante sessão deliberativa ordinária. Em discurso, senadora Kátia Abreu (PMDB-TO). Foto: Jane de Araújo/Agência Senado (Foto: José Barbacena)


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Tocantins 247 - A senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) subiu à tribuna do Senado nesta terça-feira (21) para defender o setor de carnes brasileiro e criticar a forma de divulgação da Operação Carne Fraca, da Polícia Federal. O setor, de acordo com a senadora, poderá retroceder em dez anos e ter perda de cerca de US$ 5 bilhões, caso as restrições internacionais à carne brasileira sejam mantidas.

“Tentaram, com uma ação medíocre, infantil e baixa, destruir um dos setores mais importantes deste País”, afirmou. “É um pesadelo ver a imagem ferida de um filho pródigo, que é a pecuária brasileira, que nós construímos a centenas de mãos”, completou.

Ministra da Agricultura do governo de Dilma Rousseff, deposto pelo golpe parlamentar de 2016, Kátia Abreu lembrou promoveu a carne brasileira no exterior e derrubou 100% das barreiras internacionais impostas ao produto, colocando fim ao embargo de países como Japão, Arábia Saudita e Estados Unidos. A parlamentar disse se sentir “derrotada” com os danos causados pela Operação Carne Fraca ao setor.

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“Praticaram crime de lesa-pátria. Como Ministra, percorri o mundo quase três vezes para abrir as portas para a carne do Brasil. Nós, com a credibilidade da nossa sanidade e do nosso Ministério, conseguimos abrir tudo. E essa ação da Polícia Federal pode nos dar um atraso de quase dez anos na nossa vida, na nossa história, por vaidade, por arrogância, por abuso de autoridade”, afirmou.

A parlamentar ainda destacou o trabalho robusto e eficiente realizado pelo sistema de inspeção brasileiro e pelos técnicos e servidores do Ministério da Agricultura. Lembrou que a cadeia produtiva de proteína brasileira é a mais organizada do mundo, com reconhecimento internacional. “Em um exército de 11 mil servidores, apenas 33 servidores não podem apagar essa memória e manchar o Ministério da Agricultura, não vão manchar o nome de uma das coisas mais preciosas em todo o País. Não vamos permitir”.

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Por fim, a senadora pediu que todos se unam em defesa da pecuária brasileira, setor que representa 21% do agronegócio nacional e gera 7 milhões de empregos diretos. A produção de aves e de suínos gera 4,1 milhões de empregos diretos e indiretos e tem receita de exportações de 8,1 bilhões de dólares, equivalentes a 10% do PIB do agro.

“Vamos nos unir para mostrar para o mundo que nós temos brio e competência, que nós sabemos o que estamos fazendo. Vamos estar do lado do Brasil, do lado dos produtores rurais, do lado dos empresários e dos servidores do Ministério da Agricultura. Vamos expurgar essa minoria, essa minoria que tentou destruir o País, que não pensou duas vezes além do seu próprio bolso, dos eu próprio interesse em colocar em risco uma coisa tão preciosa para nós, brasileiros”, discursou.

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