A República da Lava Jato “informa”



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A República da Lava jato virou a grande fonte de "notícias" da imprensa brasileira. Coloco entre aspas porque na verdade são apenas ilações que tanto poderão ser confirmadas ou desmentidas com o aprofundamento das investigações. Mas que a imprensa transmite ao público como verdades consolidadas. Certamente existem milhares de páginas com transcrições tanto de delações quanto de mensagens encontradas em celulares, mas somente alguns trechos de algumas delas são repassados a jornalistas e sua publicação provoca mais confusão do que esclarece.

O telefone do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro virou o grande maná da imprensa. Mas, francamente, o que há de criminoso na pergunta que o presidente do DEM, Agripino Maia faz: "Com quem Romero, tesoureiro do partido, deve se contatar para transmitir os dados do DEM"? Não digo se Agripino é culpado ou inocente, se é mocinho ou bandido, mas essa pergunta capturada, essa mensagem de texto dirigida ao presidente de uma empresa que costumava fazer doações eleitorais caracteriza algum crime quando essas doações eram permitidas? Só porque Pinheiro também foi apanhado em situações de propina não quer dizer que todas as doações propina eram. "Já falei com o Romero e combinamos dia 10/8 – 250 e 10/9 – 250", diz outra mensagem, de um subalterno de Pinheiro. O diretório do DEM declarou ter recebido essas doações.

E essa outra pergunta, outra mensagem no celular de Pinheiro feita pelo deputado do DEM Rodrigo Maia: "A doação de 250 vai entrar"? É crime perguntar se o então presidente da OAS faria uma doação à sua campanha quando essas doações eram legais?

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E essa outra de Jutahy Jr., do PSDB: "Caso seja possível gostaria da sua ajuda para Varjão. Desde já agradeço a grande ajuda que vcs deram para minha campanha". Qual é o crime?

Repito de novo: não sei se esses três políticos cometeram algum malfeito, não tenho como saber, mas somente esses diálogos avulsos não apontam para isso, podem ser apenas pedaços de um quebra-cabeças que um dia poderá confirmar a sua culpa ou absolvição. Mas, enquanto isso, suas reputações já foram expostas em praça pública e atiradas aos leões na arena, como se fazia, em Roma, com os cristãos.

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