Clima de 1964

"Não falta mais nada para lembrar o clima de 1964. O governo do Espírito Santo acabou de anunciar ultimatum à PM: ou o motim acaba às seis da manhã de hoje ou dará início aos trâmites para 'restabelecer a ordem'. Na minha interpretação isso quer dizer que se o ultimatum não for obedecido as tropas do Exército que se encontram no estado receberão ordem de invadir os quartéis. As consequências desse confronto, se houver, são imprevisíveis", diz o colunista Alex Solnik; "Marx vaticinou que a história não se repete, senão como farsa. Daqui a pouco veremos se ele estava certo"

"Não falta mais nada para lembrar o clima de 1964. O governo do Espírito Santo acabou de anunciar ultimatum à PM: ou o motim acaba às seis da manhã de hoje ou dará início aos trâmites para 'restabelecer a ordem'. Na minha interpretação isso quer dizer que se o ultimatum não for obedecido as tropas do Exército que se encontram no estado receberão ordem de invadir os quartéis. As consequências desse confronto, se houver, são imprevisíveis", diz o colunista Alex Solnik; "Marx vaticinou que a história não se repete, senão como farsa. Daqui a pouco veremos se ele estava certo"
"Não falta mais nada para lembrar o clima de 1964. O governo do Espírito Santo acabou de anunciar ultimatum à PM: ou o motim acaba às seis da manhã de hoje ou dará início aos trâmites para 'restabelecer a ordem'. Na minha interpretação isso quer dizer que se o ultimatum não for obedecido as tropas do Exército que se encontram no estado receberão ordem de invadir os quartéis. As consequências desse confronto, se houver, são imprevisíveis", diz o colunista Alex Solnik; "Marx vaticinou que a história não se repete, senão como farsa. Daqui a pouco veremos se ele estava certo" (Foto: Alex Solnik)


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Não falta mais nada para lembrar o clima de 1964.

   O governo do Espírito Santo acabou de anunciar ultimatum à PM: ou o motim acaba às seis da manhã de hoje ou dará início aos trâmites para “restabelecer a ordem”.

   Na minha interpretação isso quer dizer que se o ultimatum não for obedecido as tropas do Exército que se encontram no estado receberão ordem de invadir os quartéis.

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   As consequências desse confronto, se houver, são imprevisíveis.

   E podem repercutir em todo o país, já que em alguns estados a PM ameaça imitar o motim do Espírito Santo.

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   Essa madrugada ninguém vai dormir em Brasília.

   No dia 25 de março de 1964 marinheiros liderados por Cabo Anselmo, anos depois identificado como agente provocador e dedo-duro responsável por dezenas de mortes de opositores da ditadura, se reuniram na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro para exigir melhoria da alimentação a bordo dos navios e dos quartéis. Tal como os PMs exigem melhoria dos salários.

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   O ministro da Marinha, Silvio Mota, mandou uma tropa de fuzileiros prendê-los, mas eles desobedeceram à ordem com apoio do seu comandante, o contra-almirante Cândido Aragão e aderiram ao motim.

  O presidente João Goulart teve de interceder, tão grave a crise ficou, proibiu as tropas de invadir o Sindicato dos Metalúrgicos e o ministro da Marinha pediu demissão.

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   No dia 26 de março, os marinheiros foram presos e conduzidos a um quartel, mas Jango resolveu anistiá-los, dando pretexto para os militares o derrubarem seis dias depois.

   O enredo é parecido ao de hoje. Se as tropas receberem ordem de invadir os quartéis vão obedecer ou também vão se amotinar?

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   A diferença é que o motim de 1964 não provocou as mais de 100 mortes como ocorreu em decorrência do motim da PM do Espírito Santo.

  Marx vaticinou que a história não se repete, senão como farsa.

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   Daqui a pouco veremos se ele estava certo.

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