Serraglio só sai da linha de tiro se sair do governo

"Muito mais efetivo que um churrasco, ao qual a Europa foi a primeira a responder, barrando as importações brasileiras, seria Temer dar uma prova aos importadores que de agora em diante vai pôr ordem na casa, demitindo seu novo ministro da Justiça, um dos principais suspeitos de participação na quadrilha da carne que está no governo", escreve Alex Solnik, colunista do 247; "É inconcebível manter no ministério da Justiça um político suspeito de conluio com uma quadrilha que comprometeu um setor que exporta anualmente 15 bilhões de dólares", afirma; para o jornalista, o grampo com Serraglio "foi um recado [da PF] de que ele não é bem vindo, nem bem quisto na corporação"

"Muito mais efetivo que um churrasco, ao qual a Europa foi a primeira a responder, barrando as importações brasileiras, seria Temer dar uma prova aos importadores que de agora em diante vai pôr ordem na casa, demitindo seu novo ministro da Justiça, um dos principais suspeitos de participação na quadrilha da carne que está no governo", escreve Alex Solnik, colunista do 247; "É inconcebível manter no ministério da Justiça um político suspeito de conluio com uma quadrilha que comprometeu um setor que exporta anualmente 15 bilhões de dólares", afirma; para o jornalista, o grampo com Serraglio "foi um recado [da PF] de que ele não é bem vindo, nem bem quisto na corporação"
"Muito mais efetivo que um churrasco, ao qual a Europa foi a primeira a responder, barrando as importações brasileiras, seria Temer dar uma prova aos importadores que de agora em diante vai pôr ordem na casa, demitindo seu novo ministro da Justiça, um dos principais suspeitos de participação na quadrilha da carne que está no governo", escreve Alex Solnik, colunista do 247; "É inconcebível manter no ministério da Justiça um político suspeito de conluio com uma quadrilha que comprometeu um setor que exporta anualmente 15 bilhões de dólares", afirma; para o jornalista, o grampo com Serraglio "foi um recado [da PF] de que ele não é bem vindo, nem bem quisto na corporação" (Foto: Alex Solnik)


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Não adianta oferecer uma boca livre numa churrascaria que só trabalha com carne importada porque, segundo um dos gerentes, "a qualidade da carne brasileira caiu há três anos", como diz (e prova com áudio) a coluna do Estadão para abafar a bombástica divulgação da Operação Carne Fraca.

Por coincidência ou não, o ministro Osmar Serraglio não foi ao regabofe.

Talvez para não ter que esclarecer porque chamava o fiscal impostor que chefiava a corrupção no escritório de Curitiba do Ministério da Agricultura de "grande chefe".

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Talvez para não ter que responder porque defendeu a sua manutenção quando a então ministra Katia Abreu resolveu demiti-lo.

Talvez para não ter que responder se a sua relação com o "grande chefe" era diferente da habitual entre fiscais e deputados – aqueles arrecadando junto às empresas não fiscalizadas e dividindo com estes.

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Muito mais efetivo que um churrasco, ao qual a Europa foi a primeira a responder, barrando as importações brasileiras, seria Temer dar uma prova aos importadores que de agora em diante vai pôr ordem na casa, demitindo seu novo ministro da Justiça, um dos principais suspeitos de participação na quadrilha da carne que está no governo.

É inconcebível manter no ministério da Justiça um político suspeito de conluio com uma quadrilha que comprometeu um setor que exporta anualmente 15 bilhões de dólares.

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A Polícia Federal cometeu muitos equívocos nessa operação, alguns grosseiros, como a confusão com o papelão para embalagem com recheio de salsicha ou a afirmação de que o ácido ascórbico, também conhecido como Vitamina C, seria cancerígeno, e proporcionou um prejuízo incalculável à economia brasileira, mas teve o mérito de descobrir mais uma quadrilha de tantas que estão infiltradas dentro do governo que veio "para salvar o país".

Serraglio deve ter sentido um frio na espinha quando a Polícia Federal, a ele formalmente subordinada, divulgou trecho de um grampo de sua conversa com o chefe dos fiscais corruptos, colocando sua cabeça a prêmio.

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Foi um recado de que ele não é bem vindo, nem bem quisto na corporação.

Quem conhece o modo de agir da Polícia Federal desconfia que aquilo foi só uma pequena amostra do material existente, que será disponibilizado mais adiante em doses homeopáticas à mídia.

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A única forma de Serraglio sair da linha de tiro é sair do governo.

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