Rebaixamento é ruim, mas não é a tragédia pintada

"É ruim o Brasil ter tido o grau de investimento rebaixado? Claro que é. É a tragédia que estão pintando? Claro que não", escreve Hélio Doyle, em novo artigo; jornalista diz que "o fato se tornou tragédia" porque é, para a oposição de direita liderada por Aécio Neves, "que quer derrubar a presidente Dilma Rousseff, um ingrediente a mais para atingir seu objetivo"; a S&P, diz ele, "está dando sua contribuição ao golpe brando contra o governo, e isso está sendo muito bem aproveitado pela oposição. É ingenuidade achar que a agência trabalha sem nenhum componente político em suas avaliações"; para Doyle, "o governo, agora, precisa reagir, e com competência"; caso contrário, "dará ainda mais munição à oposição"

"É ruim o Brasil ter tido o grau de investimento rebaixado? Claro que é. É a tragédia que estão pintando? Claro que não", escreve Hélio Doyle, em novo artigo; jornalista diz que "o fato se tornou tragédia" porque é, para a oposição de direita liderada por Aécio Neves, "que quer derrubar a presidente Dilma Rousseff, um ingrediente a mais para atingir seu objetivo"; a S&P, diz ele, "está dando sua contribuição ao golpe brando contra o governo, e isso está sendo muito bem aproveitado pela oposição. É ingenuidade achar que a agência trabalha sem nenhum componente político em suas avaliações"; para Doyle, "o governo, agora, precisa reagir, e com competência"; caso contrário, "dará ainda mais munição à oposição"
"É ruim o Brasil ter tido o grau de investimento rebaixado? Claro que é. É a tragédia que estão pintando? Claro que não", escreve Hélio Doyle, em novo artigo; jornalista diz que "o fato se tornou tragédia" porque é, para a oposição de direita liderada por Aécio Neves, "que quer derrubar a presidente Dilma Rousseff, um ingrediente a mais para atingir seu objetivo"; a S&P, diz ele, "está dando sua contribuição ao golpe brando contra o governo, e isso está sendo muito bem aproveitado pela oposição. É ingenuidade achar que a agência trabalha sem nenhum componente político em suas avaliações"; para Doyle, "o governo, agora, precisa reagir, e com competência"; caso contrário, "dará ainda mais munição à oposição" (Foto: Hélio Doyle)


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É ruim o Brasil ter tido o grau de investimento rebaixado? Claro que é. É a tragédia que estão pintando? Claro que não. Ninguém de bom senso pode repetir como seu o discurso político feito pelo ex-presidente Lula em Buenos Aires, negando qualquer importância ao rebaixamento. É verdade que a Standard & Poor´s é suspeitíssima e corrupta, basta lembrar as falcatruas dessa agência reveladas há poucos anos – e que a levaram a condenações nos Estados Unidos por ter provocado perdas a investidores – e o fato de dar dado alto grau a um banco que logo faliu. Mas o todo poderoso mercado a leva em consideração, e isso é ruim para quem é rebaixado.

O fato se tornou tragédia porque é, para a oposição de direita que quer derrubar a presidente Dilma Rousseff, um ingrediente a mais para atingir seu objetivo. Não é à toa que os jornalões estamparam manchetes dignas do início de uma guerra e jornalistas e analistas alinhados aos oposicionistas se atiçaram para bater mais ainda no governo. O rebaixamento não impede o país de se recuperar com as medidas certas e adequadas. Não impede sequer que receba investimentos.

A S&P, como é chamada na intimidade do mercado, está dando sua contribuição ao golpe brando contra o governo, e isso está sendo muito bem aproveitado pela oposição. É ingenuidade achar que a agência trabalha sem nenhum componente político em suas avaliações, além daqueles que realmente importam à avaliação que faz – como as reais dificuldades de coesão do governo e de entendimento entre o Executivo e o Legislativo.

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O governo, agora, precisa reagir, e com competência. As primeiras respostas parecem positivas, mas se continuar demonstrando vacilações e falta de rumo, dará ainda mais munição à oposição. Boa parte do Congresso, Eduardo Cunha à frente, não tem a menor intenção de ajudar a superar a crise, pois o que quer é a renúncia ou o impeachment de Dilma. A outra parte precisa sentir que a derrubada da presidente não é o melhor caminho para o país.

Dilma voltou a dizer que não renuncia. Se continuar errando e a pressão aumentar, porém, a situação vai ficar muito ruim para ela, e Michel Temer já está pronto para assumir e fazer o grande acordo nacional com os partidos. Mesmo que isso signifique, como querem os tucanos, o compromisso de o PMDB não apresentar candidato em 2018.

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O golpe branco continua em marcha. A S&P pode ter dado uma ajuda, mas pode também ter mexido com o governo para levar a uma reação para sair das cordas. Ainda há tempo, mas bem curto.

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