Cunha mais perto do fogo

Ele chega ao final do semestre deslocado para o centro das investigações que envolvem políticos com o esquema de propinas na Petrobras

Ele chega ao final do semestre deslocado para o centro das investigações que envolvem políticos com o esquema de propinas na Petrobras
Ele chega ao final do semestre deslocado para o centro das investigações que envolvem políticos com o esquema de propinas na Petrobras (Foto: Tereza Cruvinel)


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Eduardo Cunha termina o semestre legislativo de metralhadora em punho, mirando claramente o governo e o mandato de Dilma Rousseff. Mas ele também chega ao final deste período deslocado para o centro das investigações que envolvem políticos com o esquema de propinas na Petrobrás. O endurecimento do presidente da Câmara nas últimas horas pode representar seus estertores diante da aproximação do fogo.

Sinal forte de que sua situação se complica bem mais que a de outros políticos veio com a acusação do relator da Lava Jato Julio Camargo, revelada hoje pelo jornal O Globo, de que pagou a Cunha uma propina de 5 milhões de dólares, relativa à viabilização de um contrato de locação de sondas para a Petrobrás. A propina total seria de 10 milhões de dólares, ficando a outra metade para o lobista Fernando Baiano. Naturalmente Eduardo Cunha reagiu fortemente acusando Camargo de mentiroso. E de fato, em outras ocasiões, o delator negou ter relacionamento com o presidente da Câmara.

Não menos eloquente é o fato de que estão programados panelaços e apitaços para amanhã, durante o pronunciamento que ele fará em cadeia de rádio e TV para faturar as realizações legislativas de sua gestão neste primeiro semestre de 2015. Em café da manhã com jornalistas, Cunha qualificou o protesto de "PTzaço", fazendo também novos ataques à aliança do PMDB com o PT. O protesto pode contar com petistas, mas está sendo organizando pelos guetos diversos das redes sociais.

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Se vinha tergirversando sobre as manobras golpistas para afastar Dilma do cargo, três recentes atitudes de Cunha não deixam dúvidas sobre a posição em que ele estará, quando agosto e setembro chegarem.

1. 1. Já pautou as votações das prestações de contas de outros governos ainda pendentes, limpando a pauta para que a de Dilma seja votado logo depois que o TCU apresentar oficialmente seu parecer ao Congresso.

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2. 2. Revelou ter pedido estudos jurídicos sobre o pedido de impeachment apresentado há cerca de dois meses por movimentos de direita pró-impeachment.

3. 3. Reuniu-se com o ministro Gilmar Mendes para se informar sobre a vertente da cassação de Dilma através do processo que corre no TSE.

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