Com protestos, ressurge apelo por Lula no governo

"A manifestações deste domingo vão fortalecer a grande coalizão conservadora para derrubar a presidente Dilma e encerrar o ciclo de governos petistas com perspectiva popular. A oposição voltará ao Congresso esta semana com a faca nos dentes, disposta a passar sobre tudo e todos, inclusive sobre a Constituição, para 'atender ao clamor popular'”, avisa a colunista Tereza Cruvinel; "Segmentos do PT e apoiadores do governo retomam a avaliação de que só Lula, com seu prestígio, popularidade e trânsito entre os partidos ainda aliados,  poderia reverter a marcha do impeachment, reforçada pelos grandes protestos", complementa; leia a íntegra

"A manifestações deste domingo vão fortalecer a grande coalizão conservadora para derrubar a presidente Dilma e encerrar o ciclo de governos petistas com perspectiva popular. A oposição voltará ao Congresso esta semana com a faca nos dentes, disposta a passar sobre tudo e todos, inclusive sobre a Constituição, para 'atender ao clamor popular'”, avisa a colunista Tereza Cruvinel; "Segmentos do PT e apoiadores do governo retomam a avaliação de que só Lula, com seu prestígio, popularidade e trânsito entre os partidos ainda aliados,  poderia reverter a marcha do impeachment, reforçada pelos grandes protestos", complementa; leia a íntegra
"A manifestações deste domingo vão fortalecer a grande coalizão conservadora para derrubar a presidente Dilma e encerrar o ciclo de governos petistas com perspectiva popular. A oposição voltará ao Congresso esta semana com a faca nos dentes, disposta a passar sobre tudo e todos, inclusive sobre a Constituição, para 'atender ao clamor popular'”, avisa a colunista Tereza Cruvinel; "Segmentos do PT e apoiadores do governo retomam a avaliação de que só Lula, com seu prestígio, popularidade e trânsito entre os partidos ainda aliados,  poderia reverter a marcha do impeachment, reforçada pelos grandes protestos", complementa; leia a íntegra (Foto: Tereza Cruvinel)


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As manifestações deste domingo vão fortalecer a grande coalizão conservadora para derrubar a presidente Dilma e encerrar o ciclo de governos petistas com perspectiva popular. A oposição voltará ao Congresso esta semana com a faca nos dentes, disposta a passar sobre tudo e todos, inclusive sobre a Constituição, para “atender ao clamor popular”.  Para o impeachment de Dilma continua faltando a evidência de ter ela cometido um crime de responsabilidade insofismável mas seus algozes agora vão se escorar na força dos protestos como atenuantes para aquilo que continuará sendo golpe se feito sem base legal. Foi escorando-se nas marchas da Família com Deus pela Liberdade que em 1964, em resposta ao Comício da Central de outro 13 de março, os golpistas avançaram o sinal.

Na esteira das manifestações, ressurgem as cobranças, nos segmentos de esquerda que apoiam o governo, para que o ex-presidente Lula reconsidere a decisão de não se tornar ministro, assumindo uma pasta para salvar o governo Dilma.   Há pressões nos bastidores e apelos públicos, como o de Leonardo Boff, que divulgou carta a Lula neste sentido ainda no domingo, onde afirma: “O projeto social do PT,  de seus aliados e também da Igreja da libertação que encontra apoio no amor aos pobres  do Papa Francisco, tem que ser salvo como ponto de honra, como imperativo ético e como  sentido da mais alta humanidade. Por isso, sou da opinião de que você, meu querido amigo-irmão Lula, deve assumir um cargo de ministro da República. O interesse da nação está acima de sua trajetória política pessoal. Com você na condução da negociação política, estaremos seguros de que aí estará alguém que, com autoridade e força de convencimento, ajudará a conduzir a uma solução política e social que salve a nossa frágil democracia e garanta a continuidade das medidas sociais humanizadoras.”

Segmentos do PT e apoiadores do governo retomam a avaliação de que só Lula, com seu prestígio, popularidade e trânsito entre os partidos ainda aliados,  poderia reverter a marcha do impeachment, reforçada pelos grandes protestos. Agora ele ingressaria no governo por um imperativo político que torna secundária a blindagem contra um pedido de prisão preventiva a que a juíza responsável não deve responder no curto prazo. Lula já rejeitou a hipótese mas está sendo chamado a reconsiderá-la.

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Esta semana o STF dá sua palavra final sobre o rito e Eduardo Cunha imediatamente instalará a comissão do impeachment. Com ou sem Lula, está posto para o governo o desafio de garantir pelo menos 171 votos para barrar o processo na Câmara, impedindo a aprovação da autorização ao Senado para instaurar o processo contra Dilma.   Há algumas semanas o Governo ainda avaliava que possuía estes votos, contando com uma parcela do PMDB. Mas os protestos também terão sua influência sobre o partido que no sábado honrou sua tradição de ambiguidade adiando a decisão sobre o desembarque do governo mas proibindo novas nomeações de peemedebistas.  Sem o  PMDB, será muito difícil montar esta barragem.

A aprovação do impeachment pela Câmara, entretanto, não será a chave para o fim da crise, ideia que os partidos de oposição vendem e na qual acreditam os que protestaram neste domingo. Suponha, leitor, que a oposição, dentro de dois meses, consiga os 342 votos e autorize o Senado a processar Dilma.  E o Senado, segundo o entendimento já externado pelo STF (que deve ratificá-lo esta semana), poderá instaurar o processo ou  julgá-lo improcedente, por falta de provas que caracterizem o crime de responsabilidade.  Caso ocorra a segunda hipótese, Dilma não será afastada nem julgada mas isso não porá fim à crise.  A insurgência de boa parte do Congresso e das ruas e o troar do canhão da Lava Jato vão continuar, impediando-a de governar. Também  por isso crescem as apostas na “saída Lula”.

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“Vamos continuar resistindo”, disse o líder petista Humberto Costa. Mas a resistência, nesta altura, não pode ser apenas parlamentar.  As manifestações de apoio ao governo marcadas para o dia 18 teriam que ser significativas o suficiente para explicitar que o país está dividido, que o povo brasileiro não estava inteiramente representado pelos que protestaram no domingo. Mas os organizadores já começaram errando, marcando-as para uma sexta-feira, ao passo que a direita acerta quando faz as suas no domingo, permitindo aos seus uma certa combinação de diversão com protesto. Permitindo à classe média alta e até a banqueiros e empresários a oportunidade de se caracterizar como povo. Algo parecido do que experimentam quando pagam às escolas de samba para participar do desfile, sem ter que pisar no morro.

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