Ensino médio goiano, Perillo presidente e a morte da esperança

Em quase vinte anos de gestão tucana, Marconi Perillo, o vaidoso e travesso "kapo" do "tempo novo" entregará para o populacho goiano, um ensino médio em sua totalidade fracassado, arruinado, desprovido de conteúdo educacional



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O atual quadro da educação pública estadual de Goiás beira a indigência. Abandono é pouco! Descaso? Até seria bom! O que se passa, sobretudo, em escolas estaduais nos interiores do Estado ainda não tem nome. É preciso que as ciências sociais criem uma categoria de maior precisão e acuidade para tentar demonstrar o que, de fato, se passa.

As nossas escolas se tornaram territórios do "faz-de-conta", intervalos ou hiatos nas totalidades urbanas onde se pratica uma espécie de terapia coletiva para jovens pobres onde pitadas remotas de qualquer coisa que lembre educação são lançadas.

Território fácil para o tráfico fluído e abundante; praça vigorosa para crimes como a pedofilia, prostituição infantil ou mesmo escravidão sexual; instituto acéfalo e impotente ante a torrente de péssimas novidades e que a carcome todos os dias.

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É tão somente, um cadáver insepulto, nada, além disso. Sem procedimento pedagógico adequado; com professores desmotivados e, portanto, resistentes para novos estudos, formações e atualizações acadêmicas; carente de equipamentos essenciais como bibliotecas ou algum transporte para, quem sabe, um trabalho de campo, uma visita técnica ou, de repente, um estudo de realidade ou paisagem. Nada, nada, nada!
Fracassamos feio! Me recordo bem da visita que fiz à Escola Nestor Maranhão Arzolla em Buriti Alegre, com uma comissão de professores onde um único banheiro servia para mais de quinhentos alunos e alunas, numa espécie de coletivização perversa, nociva e integralmente patológica. Lembro do semblante de frustração e impotência da diretoria e dos funcionários compulsoriamente mergulhados naquelas ruínas escolares e que, o pensamento conservador, cínico e desumano, insiste em chamar de "escola". Não é mais!

Efetivamente, a educação estadual é um empreendimento mal-realizado em Goiás, um fracasso notável e pleno na paisagem social e política desta capitania, portanto, nada mais adequado, sobretudo, a partir do juízo utilitarista e de curto prazo da tucanagem do que se desfazer desse "péssimo negócio".

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Daí transferir a educação pública, gratuita e laica e que, de outro modo, é em si, uma conquista da modernidade porque mira, sobretudo, na justiça, no bem-estar social e na igualdade para, por exemplo, militares, organizações sociais (OS), organizações não-governamentais (ONG's), mas também, podem ser igrejas, sindicatos, entidades como Maçonaria, Rotary ou qualquer uma outra, o essencial mesmo é se desfazer desse "trambolho" institucional e que nada tem que ver com um governo neoliberal, de direita, patriarcal e atrasado como o que temos pelas bandas goianas.

O lapso, no entanto, é que a "coisa educacional" que já é a educação estadual, não é uma casualidade, não é um acontecimento espontâneo ou aleatório. Esta pletora é uma construção social, lenta, mas intensa; delicada, porém, profunda; sutil, no entanto, decidida e estruturante.

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Este cânyon ou fosso social ou vale de lágrimas que trespassa, de ponta a ponta, todo o tabuleiro goiano nasce da concepção dependentista, marginal e entreguista de quem governa o Estado para ricos e abonados e que, portanto, crê fanaticamente na teologia de mercado e, por isso, cantarola aqui e alhures de que a saída para todos os nossos males está na grande empresa; na concessão de bilhões de dinheiros públicos para milionários e que irão gerar "meia mão" de empregos; no grande agronegócio que expulsa famílias rurais para o pavor periférico de nossas médias e grandes cidades; na capitulação aos empreendimentos da especulação rural e urbana e que confina milhões de seres humanos no pior da vida social das cidades.

Em quase vinte anos de gestão tucana, Marconi Perillo, o vaidoso e travesso "kapo" do "tempo novo" entregará para o populacho goiano, um ensino médio em sua totalidade fracassado, arruinado, desprovido de conteúdo educacional, portanto, de transformação do espírito humano.

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De outro modo, tenho que fazer justiça para com milhares de professores, diretores, funcionários, estudantes anônimos e mesmo gente do povo que, ao seu modo, na base do improviso, na militância do melhor das criatividades e em sempre viva solidariedade impedem que a "terra da educação" seja completamente arrasada e esterilizada.

De nossa parte é dever lutar pelo ensino público, gratuito e de qualidade. Esse tripé articulado e em movimento gera uma consciência pública notável, comportamentos sociais que se integram, que geram harmonia e que dão forma para projetos de sociedade, de nação e de futuro.

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Quanto ao Perillo, ao hábil e midiático Perillo como Presidente do Brasil... Que Deus ou o diabo nos projeta!

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