CIA espionava Brizola

Alvo preferencial da ação intervencionista, Brizola representou o contraponto, a afirmação soberana, o líder libertário no Brasil, ensejo ao qual foi vítima das mais criminosas campanhas de difamação e perseguição política de nossa história

Leonel Brizola 
Leonel Brizola  (Foto: Henrique Matthiesen)


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Muitos brasileiros têm um comportamento ingênuo frente às constatações óbvias, especialmente sobre geopolítica. Inocentes úteis são massas de manobras de decisões que se quer passaram por terras tupiniquins.

O trabalhismo, corrente de pensamento político que tem em seu cerne o nacionalismo, o desenvolvimento pátrio, e a educação como ferramenta de afirmação de sua identidade nacional, sempre foi vítima da ação deliberada da política externa de Washington e suas agências.

A afirmação soberana do Brasil confronta com o conceito de quintal americano, que a América Latina se sujeita em sua história.

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A criação da Petrobras no governo de Getulio Vargas levou à crise que arrastou Vargas ao suicídio, assim como a ação do embaixador americano Lincoln Gordon que conspirava abertamente para depor o presidente João Goulart, foi uma verdadeira aberração intervencionista na política interna. Como também a operação Condor que objetivava o assassinato de líderes de esquerda em toda América Latina.

Essas ações criminosas sempre encontraram aliados no Brasil. Nossas elites complexadas não titubearam e não titubeiam até hoje em se colocarem a serviço destas ações; a ideologia de submissão e colonialismo sempre conectaram o pensamento anacrônico que frutificaram em meios aos "donos" do Brasil.

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Alvo preferencial da ação intervencionista, Brizola representou o contraponto, a afirmação soberana, o líder libertário no Brasil, ensejo ao qual foi vítima das mais criminosas campanhas de difamação e perseguição política de nossa história.

Documentos da CIA, mantidos por décadas sob segredo, liberados no final de 2016 para conhecimento público revelam de forma irrefutável a espionagem feita pela agência de inteligência americana contra Brizola.

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Estes documentos expõem que, em 1988, um ano antes das primeiras eleições presidenciais depois de 21 anos de regime militar, se conspirava um novo golpe de Estado, devido à possibilidade de Brizola ser eleito.

A própria ação de Golbery do Couto e Silva na tirada do PTB dos verdadeiros trabalhistas, somando-se a formação do PT para o divisionismo do campo progressista, colaborou para impedir Brizola de ser presidente.

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Não era admissível para a política norte-americana um líder como Brizola no comando do Brasil, os interesses impublicáveis de dominação e de colocar o Brasil de joelhos, encontrariam a resistência de um líder genuinamente nacional que sabia perfeitamente o conceito de liberdade e de postura independente.

Afinal, Brizola nunca foi um homem domesticado, ou seja, um homem do sistema.

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