Mourão é orientado por cientistas sociais a agir como estadista

"Não é que os apoiadores que chancelaram Bolsonaro presidente tenham se arrependido", escreve Hildegard Angel, do Jornalistas pela Democracia. "Eles previam o que poderiam ocorrer, mas avaliaram que as vantagens seriam maiores que os prejuízos. Agora, se preparam para cumprir a Etapa 2 do projeto: livrar-se de Bolsonaro & prole, entronizando Mourão, que vem sendo diligentemente preparado para isso", avalia

Mourão é orientado por cientistas sociais a agir como estadista
Mourão é orientado por cientistas sociais a agir como estadista (Foto: Agência Brasil)


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Por Hildegard Angel, para o Jornalistas pela Democracia - Não é que os apoiadores que chancelaram Bolsonaro presidente tenham se arrependido. Eles já conseguiram cumprir seu primeiro projeto, o principal: neutralizar Lula, encarcerá-lo em Curitiba, debilitar nossas maiores empresas de construção e a classe política como um todo.

Previam, sim, que tais medidas provocariam desemprego em massa, que haveria uma reação internacional, que Lula de líder seria alçado a mártir, e que tamanha ousadia, condenando o ex-presidente por "atos indeterminados" e o prendendo sem trânsito em julgado fragilizaria a Lava Jato, o Moro, o Judiciário, o MPF, o STF, a grande Mídia. Mas foi um risco calculado. As vantagens seriam maiores que os prejuízos. E assim fizeram.

Agora, se preparam para cumprir a Etapa 2 do projeto: livrar-se de Bolsonaro & prole, entronizando Mourão, que vem sendo diligentemente preparado para isso. Ouço de boa fonte que há dois cientistas sociais, jovens e competentes, assessorando Mourão. As reações sóbrias do militar de agora, os comentários racionais, a postura contida e reservada, na contramão do que ele demonstrou na campanha, e adequados a um chefe de Estado, vêm sendo orientados e lapidados com cuidado por essa força-tarefa em dupla. Tudo do jeito que Bolsonaro não faz.

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Diante de tal quadro, é compreensível o desespero de se convocar às ruas, para o dia 26, o exército bolsominion, formado pelos militares de baixo escalão, olavistas de baixo calão, polícias, milícias, as bolsonaretes em chamas e, enfim, os ainda iludidos em geral.

Atentem que não é por mero acaso que MBL e Janaína Paschoal neste momento unem suas vozes contra a manifestação do 26. Ambos servem ao mesmo propósito e à mesma esfera de poderes internos e externos - via Instituto Millenium e outras forças da elite - que articularam o golpe contra Dilma, a prisão de Lula, e que pretendem aprovar as reformas neoliberais e a entrega total do país. Forças que se ocultam na escuridão, e que impedem, por exemplo, as prisões dos tucanos master envolvidos até a testa em corrupção, malas de dinheiro, contas na Suíça e em paraísos fiscais, tudo já devidamente demonstrado, mas que seguem impávidos colossos.

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Ao desfecho dessa queda de braço assistiremos nos próximos dias.

Quem se dispõe a lutar para que o Brasil volte ao seu eixo, o pensamento democrático seja retomado, a mídia corporativa devidamente enquadrada, o Judiciário saia da política e retorne aos tribunais, as nossas riquezas naturais permaneçam nossas, e sejam preservadas, assim como nossas universidades, a ciência, a cultura, as conquistas sociais e o desenvolvimento retomado... bem, quem se dispõe a se empenhar por isso, saiba que os embates serão duros, e em todos os campos. Haja pernas saudáveis para encher as ruas, haja habilidade para não cutucar onças com vara curta, haja fôlego nas mídias sociais e coragem, sobretudo ela.

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