Pauta proativa

Falta uma política de comunicação que vá além da divulgação do que o governo está fazendo e seja mais proativa, com estratégia de antecipação dos fatos. Afinal o governo é a maior fonte de notícias do país

Falta uma política de comunicação que vá além da divulgação do que o governo está fazendo e seja mais proativa, com estratégia de antecipação dos fatos. Afinal o governo é a maior fonte de notícias do país
Falta uma política de comunicação que vá além da divulgação do que o governo está fazendo e seja mais proativa, com estratégia de antecipação dos fatos. Afinal o governo é a maior fonte de notícias do país (Foto: Laurez Cerqueira)


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É inegável que a área de comunicação do governo federal deu um salto extraordinário, do ponto de vista da plataforma, da arquitetura de suporte de conteúdos, para atender ao que determina a lei da transparência e a ideia de governo eletrônico.

Mas parece que ainda funciona como assessoria de imprensa. Falta uma política de comunicação que vá além da divulgação do que o governo está fazendo e seja mais proativa, com estratégia de antecipação dos fatos. Afinal o governo é a maior fonte de notícias do país.

O governo precisa definir, para os próximos anos, o projeto de país, e dar-lhe identidade. O projeto não é apenas o enfrentamento dos efeitos da crise internacional com o ajuste fiscal e o combate à inflação. É muito mais que isso.

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Por exemplo, não entendo por que a Presidenta Dilma e seus ministros não utilizam a própria estrutura de comunicação da Secom para dar entrevistas regularmente, no mesmo formato das entrevistas que são dadas a âncoras de redes privadas de tvs.

Ou seja, ao invés de ficar respondendo ao que a imprensa tradicional publica, o governo devia subverter essa ordem, falar primeiro, pautar a imprensa e não ser pautado por ela.

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As coletivas são importantes, mas têm servido para alimentar a pauta da imprensa tradicional.

Há uma profunda e veloz transformação acontecendo no setor de comunicação, que está fazendo derreter as redações centralizadas dos jornais, revistas, televisões e rádios. Uma descentralização inevitável.

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Com as novas tecnologias, órgãos públicos e empresas privadas estão tendo a possibilidade de criar suas próprias redações.

Estão deixando de depender dos grandes grupos de comunicação e fazendo suas próprias redações, mas na maioria das vezes as cabeças que dirigem esses órgãos ainda são de assessoria de imprensa.

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A queda de audiências das redes de tv, rádio, e o fim dos jornais e revistas em papel, com demissão em massa de profissionais, impressiona pela velocidade com que esse fenômeno vem ocorrendo.

Consequentemente, a publicidade está migrando para a internet com forte impacto nas receitas dos grandes grupos. Essa mudança veio para ficar.

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Talvez o governo precise centralizar a comunicação, estreitar ainda mais os vínculos com as redações dos ministérios e de outros órgãos públicos e orientá-los na perspectiva de superar o formato de assessoria de imprensa e passar a fazer parte de uma política de comunicação proativa.

Para isso, é necessário investir na construção de um órgão de imprensa tão forte quanto a maior rede de comunicação privada do país.

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